O Conselho Universitário (CsU) da Universidade Estadual de Goiás (UEG) convocou uma reunião para a próxima quarta-feira (27/3), onde entre as pautas de discussão está o pedido de afastamento do atual reitor da UEG, Haroldo Reimeir, devido as denúncias pelos pagamentos do Programa Nacional de Acesso Ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
A primeira reunião foi convocada pelo próprio reitor na última terça-feira (19/3) após as primeiras denúncias contra o reitor aparecerem e o caso passar a ser investigado pela Controladoria Geral do Estado (CGE).
Entre as pauta previstas para reunião estão oito itens, no entanto outros processos deverão ser incluídos no debate do CsU. Enquanto a reunião do conselho da UEG não ocorre, nos bastidores, aliados do governo estadual trabalham para apresentar uma proposta de afastamento do atual reitor e contaria com mais da metade dos votos nesse momento.
Reitor da UEG usou dinheiro do Pronatec para pagar cabos eleitorais do PSBD nas eleições de 2018
Os aliados do governo trabalham em cima do que é estabelecido pelo artigo 37 da UEG, que diz o seguinte, o governador vai decretar a qualquer momento, a partir de uma solicitação do CsU ou de alguma medida do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) ou do Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostrando irregularidades cometidas na administração da universidade, o afastamento temporário do reitor e ou do vice-reitor, além de escolher alguém como interventor da UEG para ocupar o cargo durante a apuração das denúncias por 60 dias úteis ou até à recondução do reitor ao cargo, em caso de nada ter sido comprovado.
Na última segunda-feira (18/3) o Dia Online foi o primeiro a noticiar que servidores da UEG denunciaram o atual reitor de usar a verba do Pronatec para pagar apadrinhados políticos e cabos eleitorais do PSBD nas eleições de 2018.
Entre os apadrinhados que receberam dinheiro do Pronatece estão o próprio reitor da UEG, Haroldo Reimer, a secretária direta do reitor Francielly de Abreu; a ex-chefe de gabinete do reitor Juliana Oliveira Almada, conhecida pelos servidores da universidade pela alcunha de “desalmada” e o próprio marido de Juliana, Antônio Sérgio Fidélis de Souza, que disputou o cargo para vereador do município de Campo Limpo de Goiás.