Alessandra Fiuza Neves, de 33 anos, acusada de matar a filha, de 1 ano e 8 meses, a marretadas foi denunciada por homicídio quadruplamente qualificado, uma vez que o crime teve motivação torpe, com uso de meio cruel, além de ter sido cometido contra menor de 14 anos. Ela também foi denunciada por destruição de cadáver. O crime ocorreu no dia (21/2), no setor Parque Santa Rita, em Goiânia.
De acordo com o promotor João Teles de Mora Neto, autor da denúncia, Jullyana Neves da Cunha, a bebê assassinada, é fruto do relacionamento de Alessandra com Rômulo Nunes da Cunha, com quem foi casada por 12 anos. O casamento teve fim cinco meses antes do crime. Jullyana e o irmão mais velho ficaram sob os cuidados da mãe.
Consta na denúncia, segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), que Rômulo tinha a intenção de ficar com a guarda da menina, mas antes disso, Alessandra proibiu o pai de sair com as crianças nos dias das visitas regulamentadas na separação, passando a exigir a presença dele em casa. Três dias antes do crime, na última visita aos filhos, o homem foi até a casa acompanhado de uma irmã e uma sobrinha, o que teria impedido mais um plano da mulher em reconquistar o marido.
Mãe mata filha a marretadas e tenta queimar corpo
Na manhã do crime, Alessandra levou a menina para o quarto e, na frente do outro filho, atingiu a bebê com série de golpes de marreta e, para esconder o crime, foi até o fundo do quintal da casa, jogou o corpo da criança numa piscina de plástico, onde estavam vários objetos e também um colchão, e ateou fogo.
Ao perceberem a fumaça, os vizinhos foram até a casa, mas Alessandra informou que estava tudo normal e que apenas havia colocado fogo na piscina de plástico. Os vizinhos, preocupados, entraram no imóvel em busca das crianças, mas encontraram apenas Pedro Henrique, outro filho de Alessandra. Quando chegaram no fundo da casa, os vizinhos encontraram o corpo de Jullyana encolhido e já carbonizado. O laudo da perícia confirmou diversas fraturas pelo corpo da bebê.
Alessandra, que estava em estado de choque quando o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar chegaram, foi presa em flagrante e levada ao Cais do Bairro Goiá. Após atendimento, ela foi encaminhada para a Central de Flagrantes e em seguida para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia, onde continua detida. Ela culpa o filho pelo crime e também pelo fim do casamento.