Representantes da Enel Distribuição Goiás se reuniram na tarde da última segunda-feira (26/2) com a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para apresentar o plano emergencial da empresa para resgate do serviço prestado no estado. O plano da Enel Goiás traz uma lista com ações e investimentos que devem ser realizados a curto prazo e em caráter emergencial.
Os pormenores do plano entregue pela Enel não foram divulgados, entretanto, caso as ações propostas pela empresa não sejam cumpridas a Aneel poderá puni-la com advertência ou multa. O plano de ação, agora, vai ser analisado, além da Aneel, pela Agência Goiana de Regulação (AGR).
Em nota, a Enel informou que apresentou o que chama de “plano adicional de melhorias” para a Aneel, conforme acordado com o órgão. Segundo a nota divulgada à imprensa, a empresa teria um “plano robusto de investimento em curso” e estaria trabalhando para a “melhora constante da qualidade do fornecimento de energia no Estado”.
A Enel em Goiás tem sido alvo de inúmeras reclamações e protestos nos últimos tempos. Um protesto que chamou a atenção foi o de um grupo de 500 produtores de leite de diversos municípios de Goiás, na tarde da última sexta-feira (22/2), em frente à sede da Enel, no Jardim Goiás, em Goiânia.
O objetivo era chamar a atenção da empresa diante da má qualidade do serviço de fornecimento de energia que vem sendo prestado. Durante o protesto, foram acendidas velas em frente à empresa e doados dois mil litros de leite à Vila São Cottolengo, Casa de Eurípedes e Paróquia São Francisco.
Representantes da Bayer se reuniram com governador de Goiás pedindo intervenção na Enel Goiás
Na última sexta-feira (22/2), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, recebeu os representantes da Bayer nacional Otavio Cançado (líder de assuntos governamental e internacional) e Mariana Vassoler (diretora jurídica), além de Danilo Mello (chefe de produção da unidade de Santa Helena de Goiás), que solicitaram uma intervenção do Governo de Goiás junto à Enel.
Os três apresentaram relatórios operacionais que demonstram os altos prejuízos sofridos pela Bayer devido às variações de tensão e quedas de energia na região goiana em que está instalada a empresa química e farmacêutica.
“O relatório é bem claro, evidencia a baixa qualidade da energia fornecida pela Enel e os impactos operacionais”, afirmou Caiado. Os dados apresentados pelos empresários na reunião apontam que, quando há falta de energia, há prejuízos ao estoque que está no sistema de secagem, o que representa perdas calculadas em R$ 14 milhões.