A Câmara Municipal de Goiânia adotará medidas para organizar o acesso de entrada à Casa, sendo uma delas o cadastro de visitantes. Atualmente, a entrada do Legislativo é livre e somente os servidores têm acesso registrado à Câmara. As mudanças são tomadas depois de manifestações racistas contra o presidente Romário Policarpo (PROS) ocorridas durante a sessão legislativa da quinta-feira (14/2).
Os dados dos visitantes, com foto, serão armazenados para o registro de próximas entradas nas dependências da Câmara de Goiânia. De acordo com o presidente, as medidas não visam restringir a entrada da população e sim coibir, por meio da identificação, situações como a ocorrida na última quinta-feira.
“Não se trata, de forma alguma, de restringir o acesso ao Poder Legislativo, que continuará aberto a toda a população. A Câmara é a casa do povo, mas o cadastro vai colaborar para que situações como essa sejam evitadas”, afirmou o vereador e presidente da Casa, Romário Policarpo.
Racismo na Câmara Municipal de Goiânia
Segundo a assessoria de Romário Policarpo, uma sessão que pautava a regulamentação dos transportes de aplicativo em Goiânia era realizada na manhã de hoje, por volta das 10h40, quando o caso aconteceu. Durante ânimos exaltados na galeria da Câmara, que estava lotada, um homem teria imitado um macaco e xingado Romário Policarpo de “urubu” e “macaco”.
A galeria estava lotada com motoristas de aplicativo (Uber e 99Pop) e taxistas. O autor das ofensas racistas foi identificado como sendo um taxista e, segundo o assessor do presidente da Câmara, imagens das câmeras do Plenário registraram o momento em que o crime foi cometido.
Ao ouvir a ofensa, Policarpo decidiu suspender a sessão por 15 minutos, encerrando-a definitivamente depois. Ainda de acordo com o assessor do presidente da Câmara de Goiânia, as imagens, obtidas pelas câmeras, que flagraram o momento em que o taxista comete o ato, já foram coletadas e serão enviadas para o departamento jurídico da Câmara.