Uma nova alternativa parece ter surgido para o governador de Goiás (DEM) para saldar a folha de dezembro dos servidores públicos. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (30/1), Caiado disse que espera receber o dinheiro do arresto dos bens do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), do ex-presidente da Agetop Jayme Rincon e seus familiares para fazer o pagamento dos atrasados. O governador chegou a confirmar, inclusive, a possibilidade de um novo cronograma de pagamento devido à ‘novidade’.
Ao ser questionado se haveria a possibilidade de o governo fazer um novo cronograma de pagamento do salário atrasado, o governador declarou: “Tem, porque agora, como a Justiça está arrestando os bens daqueles que espoliaram o Estado eu tenho esperança grande que seja repassado ao Estado o mais rápido possível para pagarmos os funcionários.”
Caiado disse ainda que estaria aguardando o depósito, e, feito isso, segundo ele, o valor seria repassado imediatamente.
Na última terça-feira (29/1), a secretária de Educação, Fátima Gavioli, anunciou que pagaria dezembro para todos seus servidores que recebem até R$ 2,7 mil líquidos até sexta-feira (1/2), com R$ 29 milhões que recebeu do Fundeb, o que correspondeu a aproximadamente 33% da folha da Educação
O governador também foi questionado se haveria novos repasses federais para a pasta da Educação, mas ele respondeu que estava com mais esperança nos bens arrestados pela Justiça. “Estou com esperança que esses valores cheguem imediatamente junto ao Tesouro de Goiás.” Outro repórter pergunto se o processo de liberação dos recursos seria imediato, e o governador disse que confiava nessa possibilidade, “afinal de contas é dinheiro do Estado de Goiás.”
Justiça determinou arresto de R$ 22 milhões em bens de Marconi Perillo
Uma decisão do juízo da 11ª da Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 22 milhões em imóveis do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, e do ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, assim como de sua família. A medida de arresto consiste na apreensão judicial de bens para garantir a futura cobrança da dívida.
A divulgação da decisão só agora foi possível pois era mantida em segredo de justiça até que a ordem de arresto fosse cumprida. O pedido de arresto foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que considerou a medida essencial para resguardar eventual condenação ao ressarcimento dos valores recebidos como propina, uma vez que os investigados, Perillo e Rincón, poderiam se desfazer de seu patrimônio até o julgamento final do feito.