A justiça acaba de conceder habeas corpus ao ex-governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) preso na última quarta-feira (10/10) durante o seu depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Goiânia na Operação Cash Delivery.
O pedido de habeas corpus da defesa do ex-governador foi acatado pela Justiça Federal como liminar no início da tarde desta quinta-feira (11/10). Em entrevista a outros portais de notícias, o advogado de Marconi Perillo, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, voltou a afirmar que a prisão do ex-governador era “ilegal, arbitrária e infundada e de certa forma afrontava outras decisões de liberdade que já foram concedidas na mesma operação”.
Ex-governador Marconi Perillo é solto
O ex-governador prestava esclarecimentos a polícia sobre os R$ 12 milhões de reais recebidos como propina da Odebrechet, para as suas campanhas em 2010 e 2014. O depoimento do ex-governador do Estado, foi marcado para quarta-feira (10/10) pois ele pleiteava um cargo no Senado Federal, no entanto ele terminou a corrida em quinto lugar e a lei proíbe que qualquer candidato seja preso a menos de 15 dias das eleições.
O pedido de habeas corpus foi feito pela defesa de Marconi Perillo e julgado e aceito pelo desembargador Olindo Menezes da 4ª turma do 1º Tribunal Regional Federal (TRF 1). Marconi passou apenas uma noite em uma sala na sede da Polícia Federal, em Goiânia.
Operação Cash Delivery
O ex-governador, que concorria a uma vaga no Senado, mas que recebeu apenas 7,55% dos votos válidos, é investigado na Operação Cash Delivery, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF), no dia 28 de setembro. Antes da operação, Perillo seguia firme nas pesquisas, mas no dia 2, depois de ser citado, uma pesquisa do Instituto Grupom apontou queda do ex-governador para 4º lugar, com 23,2%, na disputa pelo Senado.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços do ex-governador de Goiás. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Aruanã, Campinas e São Paulo. A PF apreendeu mais de R$ 1 milhão.
Jayme Rincón, o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior, Rodrigo Godoi Rincón, filho de Jayme Rincón e o motorista de Jayme e policial, Márcio Garcia de Moura conseguiram habeas corpus e já foram liberados.