O Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares de Goiânia (Sindbares) afirmou, em nota, que recebe “com pesar” o decreto que define Lei Seca em Goiás, assinado pelo governador Ronaldo Caiado na noite de terça-feira (26/1). Além disso, disse que irá aguardar um posicionamento oficial da Prefeitura de Goiânia para saber se, de fato, será adotada na capital a proibição de venda de bebidas alcoólicas das 22h às 6h.
A entidade, juntamente com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-Goiás), espera se reunir com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em breve. Até lá, a recomendação é para que os estabelecimentos funcionem normalmente, segundo o presidente da entidade, Newton Pereira. Ainda segundo a nota, o Sindbares “entende a necessidade de medidas para conter o avanço da Covid-19 em nosso estado”.
O decreto publicado pelo governo estadual restringe o comércio e o consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público ou coletivo, entre 22h e 6h em todo território goiano. Ademais, o documento determina que fiscalização o cumprimento da norma cabe às administrações municipais, com apoio das forças policiais do Estado. Dessa forma, quem descumprir as regras está sujeito às penalidades previstas no artigo 161 da Lei nº 16.140, de 02 de outubro de 2007. Assim, poderá receber punições com multa, interdição do estabelecimento e cancelamento do alvará sanitário.
Mais sobre a nota do Sindbares
A nota do Sindbares ainda afirma que a categoria ficou cinco meses de portas fechadas durante o ano de 2020. Além disso, que a reabertura aconteceu de forma eficiente seguindo todos os protocolos de segurança. A nota continua e afirma que hoje os estabelecimentos funcionam com 50% da capacidade. Dessa forma, segundo o Sindbares, com a Lei Seca em Goiás os estabelecimentos terão grandes prejuízos.
“Apesar de sermos sensíveis à pandemia, todo nosso esforço para trabalhar corretamente está sendo inútil. Os bares e restaurantes não podem ser culpados pelo aumento de casos de Covid em nosso estado”, afirmou Newton Pereira.
Ainda segundo o presidente do Sindbares, durante o 2º semestre de 2020, os bares e restaurantes estavam funcionando e os números de casos de coronavírus estavam estáveis. “O setor não pode levar a culpa pelo aumento da doença em nosso estado”, disse.
Para ele, os números da doença hoje são “reflexo de festas clandestinas, comércios ilegais que não respeitam os protocolos e até mesmo o período eleitoral onde foram registradas diversas aglomerações”, concluiu.