Você já deve ter ouvido falar que Goiânia já teve vários cinemas de rua. Talvez, você, seus pais ou avós tenham assistido a vários filmes neles, dividido pipoca, emplacado um romance. Porém, atualmente, são os cinemas de shoppings que dominam o mercado e, tendo em vista a pandemia de Covid-19, ficamos mais de um ano sem aproveitar o escurinho e as poltronas confortáveis.
Neste meio tempo, aliás, tivemos um breve “revival” dos cines drive-in. Na capital foram apenas quatro meses com adesão de público. Afinal, àquela altura sequer haviam novas produções. E, mais do que nunca, a era do streaming ganhou força. O jeito foi ver filme no conforto do nosso lar.
Todavia, em maio ensaiou-se uma retomada. Em Aparecida de Goiânia, os cinemas voltaram a funcionar naquele mês, bem como teatros, apenas com 30% de sua capacidade. Em Goiânia, o retorno aconteceu em julho, depois de 16 meses fechados.
É neste cenário de muitas mudanças que te convidamos a relembrar a época áurea dos cinemas de rua de Goiânia. E sim… tem várias curiosidades legais para você saber.
1. Quando surgiu o primeiro cinema de Goiânia
Em junho de 1936, três anos depois da fundação de Goiânia, era um momento de estreia, de fila para comprar ingressos e pipoca. A capital ganhou seu primeiro cinema, o Cine Teatro Campinas, no bairro mais antigo da capital. Depois, em 1939, veio o Cine Santa Maria, no Centro, antes chamado de Cine Popular. Em 1942, foi a vez do grandioso e imponente Cine Teatro Goiânia, em atividade até hoje, mas recebendo festivais e peças.
2. Quando foi o auge dos cinemas de rua de Goiânia
De acordo com o livro “Goiás no Século do Cinema”, de Beto Leão e Eduardo Benfica, nas décadas de 1960 e 1970, os cinemas pipocaram na capital. No bairro de Campinas, ficavam os cines Rio, Eldorado, Helena e Avenida. Já no Centro, os cines: Ouro, Casablanca, Goiás, Capri, Frida, Presidente e Astor. Além disso, havia mais cinemas de rua pela cidade, como o Cine Regina, no Setor Vila Nova; o Cinema 1, no Setor Oeste; o Cine Fátima, no Setor dos Funcionários; e o Royal, no Setor Pedro Ludovico.
3. Videocassete e shoppings causaram crises no mercado
O primeiro baque dos cinemas de rua, segundo os autores, foi o videocassete. Depois, vieram os shoppings. Ainda assim, nos anos 70 e 80, a capital teve seu drive-in no Setor Santa Genoveva, o Cine Canoeiro.
4. Só dois cinemas de rua resistem com filmes blockbuster
Os resistentes Cine Cultura e Cine Ritz, ambos no Centro, e ainda com programação de filmes do circuito tradicional ou alternativo, datam respectivamente de 1989 e 1990. Eventualmente, o Cine Teatro Goiânia recebe festivais.
Vários dos cinemas de rua de Goiânia deixaram de existir. Outros seguiram em atividade, mas apenas com filmes adultos. É o caso do mais antigo cinema do Centro, o Cine Santa Maria.
*Contém dados e informações da Revista Zelo