Uma mulher foi presa após agredir uma médica em serviço na UPA do Parque Flamboyant, em Aparecida de Goiânia.
Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM), a agressora cumpre pena em regime semiaberto por homicídio. O caso aconteceu na última terça-feira (25).
Mulher presa após agredir médica na UPA

De acordo com o registro da ocorrência, a confusão começou depois que a paciente não atendeu ao chamado no painel eletrônico, apesar de ter sido convocada cinco vezes e avisada verbalmente. Minutos após perder a vez, ela procurou a médica na enfermaria, onde a profissional atendia outra paciente, questionando se havia sido chamada.
A médica orientou que a mulher retornasse à recepção para aguardar atendimento com o médico responsável naquele momento. A orientação irritou a paciente, que bloqueou a porta da sala, impediu a circulação da profissional e passou a exigir atendimento imediato. Durante a discussão, ela ameaçou a médica e a agrediu com cabeçadas na região do rosto.
A GCM de plantão foi acionada e conteve a mulher, que foi levada para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal grave. A médica realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. A Polícia Civil dará continuidade às investigações.
A Prefeitura de Aparecida reforçou, por meio de nota, que não tolera qualquer tipo de violência contra profissionais de saúde e destacou que as unidades de urgência e emergência contam com videomonitoramento, botão de pânico e presença de guardas municipais para reforçar a segurança.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) também se manifestou, repudiando a agressão contra a médica. A entidade, que integra o Pacto Medicina Segura, afirmou que episódios como esse precisam ser combatidos com rigor e ressaltou que profissionais dedicados ao cuidado da população devem ser respeitados e protegidos.

Confira a íntegra da nota do Cremego
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudia a violência sofrida pela médica Ana Paula Martins Ferreira (CRM/GO 35088), agredida e ameaçada por uma paciente durante plantão na UPA Flamboyant, em Aparecida de Goiânia.
O Cremego é signatário do Pacto Medicina Segura, uma mobilização nacional dos CRMs e CFM pela segurança no exercício da profissão, e tem atuado para combater a violência contra os médicos.
Profissionais que se dedicam diariamente a cuidar e salvar vidas precisam ser respeitados e protegidos.
O presidente Rafael Martinez manifesta solidariedade à colega e a todos os médicos que, infelizmente, vivenciam essas ameaças e agressões que precisam parar.
Não há justificativa para o ocorrido.
Médicos não podem continuar sendo vítimas de agressões físicas, verbais e psicológicas, nem da precarização das condições de trabalho e do aviltamento salarial.
Além do Boletim de Ocorrência, os profissionais devem denunciar esses casos ao Conselho por meio do formulário: bit.ly/formulario_agressao
O Cremego seguirá firme para garantir que todos os médicos exerçam a medicina com segurança, dignidade e condições adequadas.”




