Uma força-tarefa realizada nesta segunda-feira (17) apreendeu quase 30 toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação em Goiás.
A fiscalização ocorreu nas cidades de Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás. No total, foram recolhidas 19.348 unidades das prateleiras dos supermercados fiscalizados.
Caso as fraudes sejam comprovadas, os envolvidos podem responder por falsificação, exposição de produtos nocivos ao comércio, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Apreensão de sabão em pó falsificado
A operação foi realizada de forma conjunta entre as Secretarias de Segurança Pública (SSP), da Economia e de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).
De acordo com o subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, a fiscalização foi motivada por denúncias da indústria fabricante do produto.
“Verificamos in loco o que estava acontecendo e acionamos nossas equipes do Procon Goiás, Polícia Civil e Polícia Científica. Agora, cada órgão segue atuando dentro de sua responsabilidade”, afirmou.
O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, explicou que os fiscais receberam treinamento para identificar sinais de adulteração e destacou que o consumidor também pode perceber irregularidades.
“As embalagens falsificadas são mais frágeis, a cola tem menor qualidade e o cheiro do produto é mais fraco. Ao notar qualquer alteração, o consumidor pode acionar o Procon pelo 151”, orientou.
A Polícia Civil agora investiga a origem do material apreendido. O delegado adjunto da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (DECON), Khlisney Kesser, informou que serão analisadas as notas fiscais apresentadas pelos supermercados.
“Vamos verificar a veracidade dos documentos e rastrear a origem do material com apoio da Secretaria da Economia. Esperamos que esses produtos não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos identificar onde são produzidos”, disse.

Segundo o superintendente Ricardo Matos, foram utilizados recursos como Luz Forense para verificar selos de autenticidade, que apresentaram falhas em todos os casos.
“Também analisamos cola e características das embalagens. Cento e setenta amostras foram enviadas para análise laboratorial, e os laudos serão entregues à Polícia Civil em até 10 dias”, afirmou.
O superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique dos Reis Cardoso, explicou que o esquema envolve empresas de fachada e uso de “laranjas”.
“Esses produtos são vendidos sem pagamento de impostos, prejudicam o consumidor pela baixa qualidade, geram concorrência desleal e reduzem a arrecadação do Estado. Estamos rastreando a origem dos produtos e orientando a população a desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, destacou.




