As forças de segurança de Goiás prenderam 32 pessoas suspeitas de envolvimento em um foguetório realizado na noite de terça-feira (4), de forma simultânea, em diversas cidades do estado.
De acordo com o Governo de Goiás, a ação teria sido uma “homenagem” a integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) mortos durante uma operação policial no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro.
A operação fluminense resultou na morte de, ao menos, seis criminosos de Goiás ligados ao tráfico de drogas, dois deles seriam chefes do crime no estado.

Os detalhes das prisões foram apresentados nesta quarta-feira (5) pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Renato Brum, em coletiva de imprensa.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, por isso, o Portal Dia não teve conseguiu contato com a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
Prisões por foguetório em Goiás
Segundo Renato Brum, o setor de inteligência da pasta monitorava movimentações suspeitas desde os primeiros indícios de que o foguetório seria realizado.
“Estamos reunidos desde quando foi detectado os primeiros fogos de artifício e fomos a campo com todas as forças de segurança, realizando as primeiras prisões durante a madrugada”, afirmou.
Brum explicou que a maioria dos detidos são simpatizantes do Comando Vermelho, que teriam aproveitado a ocasião para se exibir nas redes sociais.
“Muitos estão ligados a torcidas organizadas, não são ligados à facção e tentaram mandar um recado aqui em Goiás. Mas nós não aceitamos esse tipo de recado e estamos em atuando com nossas unidades operacionais nas ruas. Estamos preparados, não vamos aceitar desorganização e a resposta vai ser dura contra esses elementos”, reforçou o secretário.
O foguetório simultâneo aconteceu na noite de terça-feira (4), por volta de 22h, com registros nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e outras.
Já as prisões ocorreram em diferentes municípios: 14 em Goiânia, seis em Abadia de Goiás, nove em Aparecida de Goiânia e três em Rio Verde. O secretário destacou que as forças de segurança estão mobilizadas para manter a ordem em todo o estado.
“Em Goiás não tem um palmo de terra onde as forças de segurança não entrem. As lideranças do Comando Vermelho estão isoladas em regime especial no presídio de Planaltina de Goiás e as nossas forças de segurança pública estão aqui para garantir a ordem e toda tranquilidade que a sociedade goiana tanto merece”, completou.

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Ganga, esclareceu que soltar fogos de artifício, por si só, não é crime, mas que os detidos foram autuados por outros crimes.
“Alguns foram enquadrados por apologia ao crime, posse ilegal de arma de fogo e porte de entorpecentes. Nosso objetivo é impedir qualquer tentativa de enaltecer criminosos em Goiás”, afirmou.
Além das prisões, o Corpo de Bombeiros e o Procon Goiás integraram as ações de fiscalização, inspecionando empresas que vendem fogos de artifício em várias cidades, incluindo Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis. Aproximadamente 30 estabelecimentos foram vistoriados, e cerca de 4 mil fogos foram apreendidos por armazenamento e comercialização irregulares.




