O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou um novo pedido à Justiça contra a influenciadora digital Virginia Fonseca e a marca de cosméticos WePink, após constatar o descumprimento de uma liminar que proibia a realização de ações promocionais.
O órgão requer a aplicação de multa de R$ 100 mil para cada publicação que teria violado a decisão judicial.
Descumprimento de liminar

A liminar, concedida anteriormente, determinava que a empresa suspendesse as tradicionais lives de vendas e qualquer ação publicitária online até comprovar que possui estoque suficiente para atender aos pedidos.
Mesmo com a restrição em vigor, o MP-GO aponta que a WePink e a influenciadora continuaram promovendo produtos da marca.
Segundo o promotor, responsável pelo caso, foram identificadas postagens feitas no dia 18 de outubro em que Virginia divulga perfumes e “body splash” com preços promocionais, além de publicações semelhantes no perfil oficial da empresa.
O Ministério Público afirma ainda que as divulgações se estenderam nos dias seguintes, reforçando as ofertas e, consequentemente, descumprindo a ordem judicial. O requerimento foi protocolado na última terça-feira (21).
Até o momento a defesa da empresa ainda não se posicionou.
Entenda

O Ministério Público de Goiás ingressou com uma Ação Civil Pública contra a empresa Wepink – Savi Cosméticos Ltda e seus sócios Virgínia Fonseca, Thiago Stabile e Chaopeng Tan, acusando a marca de descumprir prazos de entrega, dificultar reembolsos e praticar publicidade enganosa nas vendas realizadas por meio de transmissões ao vivo nas redes sociais.
Durante uma transmissão ao vivo, um dos sócios teria admitido que os produtos foram vendidos mesmo sem estoque suficiente.
De acordo com o promotor responsável pelo caso, a confissão confirma que a empresa manteve as vendas mesmo sabendo que não conseguiria cumprir o prazo prometido de entrega, de até 14 dias úteis, o que caracteriza prática abusiva e má-fé contratual.
A investigação identificou uma série de irregularidades, como falta de entrega de produtos, atrasos superiores a sete meses, dificuldade para reembolso, atendimento automatizado ineficaz, remoção de críticas nas redes sociais e até envio de cosméticos com defeitos ou fora das especificações anunciadas.




