A Polícia Penal de Goiás finalizou a instalação de scanners corporais em 100% das 85 unidades prisionais do estado.
Com isso, Goiás se torna uma das primeiras unidades da federação a cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu prazo até abril de 2027 para que todos os presídios brasileiros adotem esse tipo de equipamento.
Scanners corporais nos presídios

O investimento na locação dos últimos 55 aparelhos foi de R$ 22,9 milhões, com contrato válido por cinco anos. Os scanners permitem a realização de revistas pessoais de forma mais rápida e sem contato físico, substituindo procedimentos manuais e reduzindo o constrangimento de visitantes.
Além de aumentar a segurança, os equipamentos ajudam a impedir a entrada de drogas, armas e celulares nos presídios. Segundo o diretor-geral da Polícia Penal, Josimar Pires, a tecnologia “reforça a segurança dos estabelecimentos penais e garante um método de revista mais digno e humanizado”.
O contrato firmado pela corporação inclui instalação, manutenção preventiva e corretiva, treinamento dos servidores e operação assistida, garantindo o funcionamento contínuo dos sistemas. Para o superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo de Castro Coelho, os scanners “facilitam o controle de acesso de pessoas e fortalecem o controle do sistema prisional”.

Outros investimentos
Nos últimos anos, Goiás tem ampliado os investimentos na modernização do sistema penitenciário. Entre 2019 e 2024, foram aplicados mais de R$ 350 milhões em obras, equipamentos, veículos, armamentos e tecnologia. Em 2025, a Polícia Penal recebeu R$ 41,9 milhões para a aquisição de novos equipamentos de segurança e 86 viaturas.
A adoção de tecnologias como os scanners corporais tem contribuído para melhorar as condições de trabalho dos servidores e reduzir ocorrências dentro das unidades. O estado não registra rebeliões há quatro anos e reduziu em 99% a apreensão de celulares entre 2018 e 2024. Desde 2023, não há registros de entrada de armas de fogo nos presídios goianos.