A Polícia Civil de Goiás informou, na tarde desta quinta-feira (14), que a internação compulsória de uma mulher em uma clínica irregular, em Goiânia, ocorreu por ordem da mãe e da irmã, com o objetivo de impedi-la de participar de uma audiência judicial relacionada a questões patrimoniais familiares.
O caso, investigado pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), resultou na deflagração da Operação Anathema.
No total, seis pessoas foram presas pela Polícia, que também cumpriu mandados de busca e apreensão. A clínica, que funcionava sem alvará e realizava internações ilegais, foi alvo de suspensão judicial das atividades.

Segundo a investigação, a vítima foi mantida contra a própria vontade, assim como outras 20 internas ouvidas pela polícia, que relataram maus-tratos e uso de contenção física e química.
De acordo com a Polícia Civil, o nome da operação, Anathema, significa “amaldiçoado” em grego, em referência à gravidade das práticas criminosas apuradas, incluindo cárcere privado qualificado, sequestro e lesão corporal.
Entenda o caso
A investigação teve início após o desaparecimento de uma mulher, no dia 7 de maio de 2025. Ela foi localizada em uma clínica terapêutica irregular, situada em Goiânia. A vítima foi internada compulsoriamente, sem necessidade médica, por ordem da mãe e da irmã.
A Polícia Civil informou que os suspeitos podem responder por cárcere privado qualificado, sequestro e lesão corporal.
O Portal Dia não conseguiu localizar as respectivas defesas até a última atualização desta reportagem.
