A companhia aérea Azul anunciou, nesta segunda-feira (11), que vai encerrar operações em 14 cidades brasileiras, incluindo em Goiás, e descontinuar 53 rotas consideradas de menor rentabilidade.
A medida faz parte de um processo de reestruturação iniciado em julho, que também prevê a redução de voos e ajustes no serviço oferecido aos passageiros.
Em nota, a empresa explicou que está “racionalizando” as rotas operadas atualmente.
“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”, informou a companhia.
Cidades brasileiras que ficarão sem operação da Azul
Entre as cidades que deixarão de receber voos da Azul está Rio Verde, na região sudoeste de Goiás. As outras são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Barreirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR).
Com as mudanças, a Azul pretende concentrar suas operações nos principais hubs: Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, reduzindo conexões e priorizando rotas de maior demanda.

Outras mudanças
A companhia também vai diminuir o número de destinos atendidos por cidade e reduzir operações sazonais. No inverno, haverá menos voos para Paris (França) e serão suspensos novos voos para Orlando (EUA). A previsão é de que o total de decolagens diárias caia de 931 para 836, uma redução de 10,2%.
Outra alteração será no serviço de bordo. Em apresentação institucional divulgada neste mês, a Azul informou que vai substituir refeições por “boxes” com café da manhã e lanches.
Recuperação judicial
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio. A empresa já firmou acordos de reorganização financeira com parceiros considerados estratégicos, incluindo credores, um arrendador de aeronaves e companhias aéreas norte-americanas como United e American Airlines.
O objetivo é captar US$ 950 milhões em investimentos, dentro de uma reestruturação estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão. Apesar das mudanças, a companhia afirma que as operações e vendas seguem normalmente e que “todos bilhetes, benefícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos”.

*Com informações da Agência Brasil