O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (19), que está se sentindo “humilhado” e é alvo de “perseguição política”.
A declaração foi dada depois que o ex-presidente deixou a sede da Polícia Penal, em Brasília, onde colocou tornozeleira eletrônica.
Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a ele em Brasília e no Rio de Janeiro.
Durante coletiva de imprensa, Bolsonaro reafirmou que está sendo vítima de perseguição política, pois não há nada de concreto contra ele.
“Não tenho a menor dúvida de perseguição. Não tem nada de concreto. A Procuradoria Geral da República foi além”, disse.
O ex-presidente voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que as acusações contra ele são infundadas. Ele também falou da humilhação que está passando.
“Isso é um constrangimento público. Estou sendo humilhado por algo que não fiz […] não posso falar com o meu filho Eduardo também, é uma humilhação”, ressaltou.
Bolsonaro ainda negou qualquer intenção de deixar o país. “Nunca pensei em sair do Brasil ou buscar refúgio em embaixada”, declarou.

Operação da PF
Segundo a PF, foram encontrados aproximadamente US$ 14 mil e R$ 8 mil na casa do ex-presidente. A operação também teve como objetivo a aplicação de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana.
Além disso, Bolsonaro também está proibido de acessar redes sociais, se comunicar com outros investigados, como seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), manter contato com diplomatas estrangeiros e frequentar embaixadas.
Defesa de Bolsonaro
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial.”
