A vice-prefeita de Goiânia, tenente-coronel Cláudia Silva Lira (Avante), vivenciou momentos de tensão nesta sexta-feira (13) ao acordar com o som de sirenes de alerta de ataque durante a escalada do conflito entre Israel e Irã.
Cláudia contou que precisou se abrigar em um bunker após o alarme, que orientava a população a buscar locais seguros.
A vice-prefeita está no país para participar de um congresso internacional de formação de lideranças, promovido pelo governo israelense. O evento ocorre a cerca de 15 km de Tel Aviv e reúne prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de diversos estados brasileiros, incluindo o secretário estadual de Saúde de Goiás, Rasível Santos.
Em vídeo publicado em suas redes, a vice-prefeita contou que os alarmes soaram durante a noite e que o grupo foi imediatamente orientado a se deslocar para o abrigo mais próximo.
“Nós tivemos aí os ataques de Israel contra as bases militares do Irã, contra os pontos sensíveis do Irã, e estamos aqui em Israel em alerta total”, afirmou.
Ela relatou que, após o acionamento das sirenes, se abrigou em um bunker localizado no subsolo da edificação onde está hospedada. “Estamos próximos ao abrigo, temos o aplicativo para acompanhar todos os alarmes e vamos aguardar”, disse. Cláudia afirmou ainda que não ouviu explosões e que, desde o retorno ao alojamento, não houve novos alertas na região.

Agenda
Por segurança, o cronograma do congresso foi alterado. Atividades como um passeio previsto para Jerusalém foram suspensas, assim como deslocamentos em rodovias. A vice-prefeita explicou que a movimentação está restrita e que o espaço aéreo do país foi bloqueado, o que pode atrasar seu retorno ao Brasil.
Apesar da tensão, Cláudia disse que se sente segura e está confiante na condução da situação.
“Sigo bem, com atenção redobrada aos desdobramentos e com fé de que o caminho da paz e do diálogo possa prevalecer”, afirmou em uma publicação.
Ver essa foto no Instagram
Ataques em Israel
Na madrugada de sexta-feira (13), conforme o horário local — ainda noite de quinta-feira (12) em Brasília —, Israel realizou uma ofensiva contra o Irã, atingindo alvos ligados ao programa nuclear iraniano.
Entre os mortos estão figuras de alto escalão das forças armadas do país persa: Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas. Dois cientistas nucleares também morreram no ataque.
Diante da ofensiva, o governo iraniano prometeu reagir e classificou o bombardeio como uma “declaração de guerra”. Horas depois, Teerã lançou mais de 100 drones em direção ao território israelense. Em resposta ao aumento da tensão, a população de Israel foi orientada a evitar locais abertos e permanecer próxima aos abrigos.
Em meio ao agravamento do cenário, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, encaminhou uma carta à Organização das Nações Unidas (ONU), solicitando uma resposta urgente da entidade diante do ataque às instalações militares e nucleares de seu país.