Durante o interrogatório dos acusados de participar de uma tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma provocação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Em tom descontraído, Bolsonaro perguntou se Moraes gostaria de ser seu candidato a vice na eleição de 2026 (Veja o vídeo no final da matéria)
“Posso fazer uma brincadeira. Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026″. Moraes por sua vez, recusou o convite: “Eu declino novamente”.
Apesar de estar inelegível, Bolsonaro falou sobre o apoio que recebe nas ruas.
“Eu vou para o Nordeste semana que vem. Se o senhor me permitir, logicamente, posso mandar as imagens para o senhor de como o povo me trata a gente na rua”, afirmou.
Contradições em depoimento

Nessa segunda-feira (9), Cid prestou depoimento por quase quatro horas no Supremo Tribunal Federal (STF), onde relatou sobre as supostas reuniões que foram realizadas com o ex-presidente Bolsonaro
Após a primeira sessão de depoimentos dos réus no caso que apura a tentativa de golpe de Estado, os advogados de Bolsonaro comentaram com a imprensa que as declarações “contraditórias” do tenente-coronel Mauro Cid favorecem a defesa.
“É fácil depor quando se tem uma memória seletiva e se lembra apenas do que convém”, comentou Celso Vilardi, que integra a defesa de Bolsonaro
Durante o depoimento, Mauro Cid negou ter presenciado qualquer incentivo por parte de Bolsonaro para os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que nunca recebeu ordens do ex-presidente para dispersar manifestantes em frente a áreas militares após as eleições de 2022.
Além disso, o militar confirmou que Bolsonaro recebeu e realizou alterações no documento conhecido como “minuta do golpe”.
Entenda sobre o interrogatório
O STF retomou na tarde desta terça-feira (10) o interrogatório dos réus do ‘núcleo crucial’ na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Jair Bolsonaro, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como peça-chave da organização criminosa que tentou a ruptura democrática, é o sexto réu a ser ouvido.
Durante depoimento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que sempre atuou “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Ele também afirmou que suas falas na reunião ministerial de julho de 2022, usadas como base para a investigação sobre uma possível tentativa de golpe de Estado, foram apenas um desabafo, sem qualquer intenção de incentivar ações ilegais.
Confira o vídeo:
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