Um falso funcionário de uma secretaria em Goiás foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (20) suspeito de aplicar golpes em diversas vítimas.
A prisão foi realizada por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, em seu Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (Deic/Gref), com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT), por meio da Delegacia de Estelionatos de Várzea Grande.
Entenda do caso do falso funcionário de secretária em Goiás

De acordo com as investigações, o homem se passava por funcionário da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás (Semad-GO) para aplicar golpes em diversas vítimas de várias cidades de Goiás.
A Polícia Civil estima que o prejuízo financeiro causado as vítimas chegue a, no mínimo, R$ 40 mil.
- Mercado de trabalho: Goiás sanciona lei que reserva 20% das vagas em concursos públicos para pessoas negras
As apurações ainda apontam que o suspeito falsificava documentos para ofertar, de forma fraudulenta, licenças ambientais e autorizações supostamente emitidas pelo órgão ambiental.
Além disso, também constatou a prática de cobrança indevida de taxas e valores por serviços inexistentes, sem qualquer respaldo legal ou administrativo, com o objetivo de induzir terceiros em erro e promover atos contrários à legislação ambiental vigente.
Segundo a corporação, após as investigações ficou comprovado que o autor dos golpes possui diversas anotações criminais pela prática de crimes de estelionato, razão que foi decretada sua prisão preventiva.
Conforme a Semad, o homem já havia sido preso em 2022, em uma investigação que começou a partir de alertas feitos pela própria secretaria. Na época, só a Semad monitorou 38 casos envolvendo o suspeito.
Os golpes foram descobertos quando agropecuaristas apresentaram documentos falsos durante ações de fiscalização em propriedades rurais de Rio Verde, Morrinhos, Mineiros e outros municípios do interior.
O caso fez com que a própria secretaria promovesse mudanças de ordem legal e em procedimentos internos para evitar que situações semelhantes ocorressem. À época, as denúncias cessaram depois da prisão do suspeito, mas a secretaria voltou a recebê-las há poucos meses e alertou a polícia. Dessa vez, o suposto estelionatário ofereceu o próprio pix para receber os depósitos das vítimas – o que facilitou a investigação.
Diante disso, o mandado contra ele foi cumprido na cidade de Várzea Grande (MT). Agora, a investigação segue para identificar outras vítimas no Estado de Goiás.
