Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) a 2ª fase da Operação Rede Integrada para desarticular uma associação criminosa envolvida em golpes pela internet e extorsões com uso de imagens íntimas — crime conhecido como “sextorsão”.
A ação cumpre 100 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão, sendo 96 em Goiás, dois no Tocantins e dois no Distrito Federal, além do bloqueio dos saldos bancários dos investigados.
Em Goiás, os mandados forma cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Bela Vista, Hidrolândia e Águas Lindas.

Golpes pela internet e extorsões com imagens íntimas
De acordo com a Polícia Civil (PC), a ação investiga uma rede criminosa especializada em aplicar golpes como o do novo número, do falso intermediário, do falso boleto, perfis falsos em redes sociais e a sextorsão — prática na qual vítimas são chantageadas após o envio de fotos ou vídeos íntimos. Os suspeitos também são acusados de lavagem de dinheiro proveniente das fraudes.
As investigações identificaram uma estrutura criminosa organizada, com atuação em todos os níveis da chamada “cadeia do crime” — desde quem engana as vítimas usando engenharia social, até os operadores diretos dos golpes.
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Conforme a polícia, muitos dos investigados têm antecedentes criminais e já passaram pelo sistema prisional. Parte do grupo evoluiu ao longo do tempo, passando de “conteiros” — pessoas que emprestam ou alugam contas bancárias — para funções mais estratégicas, como captadores e articuladores financeiros.
Entre 2021 e 2024, foram registradas 157 ocorrências policiais ligadas a 50 suspeitos. As vítimas são de diversos Estados, e o grupo utilizava mais de 1.100 contas bancárias para movimentar o dinheiro obtido ilegalmente.

Os investigados podem responder por estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de capitais. As investigações continuam, e a recomendação é que qualquer pessoa que tenha sido vítima de golpes virtuais ou extorsões denuncie o caso às autoridades.