Na manhã desta sexta-feira (14), a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Le Grand, com o intuito de cumprir seis mandados de busca e apreensão contra servidores da Prefeitura de Goiânia.
Conforme a polícia, a ação visa apurar possíveis crimes de falsidade ideológica e estelionato majorado, que teriam sido cometidos por servidores públicos municipais.
Operação contra servidores da Prefeitura de Goiânia

De acordo com as investigações, os servidores seriam responsáveis por fraudar o ponto eletrônico, registrando a presença de colegas ausentes no local de trabalho. Essa prática teria permitido que os servidores recebessem seus salários sem cumprir efetivamente suas jornadas de trabalho.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rômulo Figueredo, ao menos 11 pessoas estariam envolvidas no esquema. Ele também revelou que os servidores usavam o código “mexer o doce” em um aplicativo de troca de mensagens para pedir que colegas assinassem o ponto por eles.
“Os mandados foram cumpridos em diversos setores aqui de Goiânia. Nós visamos apreender hoje basicamente o aparelho celular por que está constatado que foi através do aplicativo WhatsApp que eles estão se organizando e propiciando essas fraudes. As primeiras mensagens desse sentido nós identificamos que elas ocorrem em julho de 2023 e com a apreensão do celular que revelou todo o esquema e está comprovado a fraude”, disse o delegado durante coletiva de imprensa.

Com a execução dos mandados, a polícia busca coletar mais provas para investigar a extensão da fraude e identificar o número total de servidores envolvidos. A operação conta com a participação de 30 policiais civis. Segundo as apurações, o esquema teria ocorrido entre julho de 2023 e novembro de 2024.
Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia se posicionou após o caso e alegou que “apoia integralmente todas investigações conduzidas pela Polícia Civil do Estado de Goiás”.
A prefeitura ainda destacou que “o compromisso da administração municipal é com a transparência, a ética e a correta aplicação dos recursos públicos e que se coloca à disposição da PC para colaborar com as investigações”.
Como o nome dos servidores não foram divulgados, o portal não conseguiu localizar a defesa.
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