A morte do bebê Pedro Benjamin Gonçalves, de 1 ano e 9 meses, chocou a população da capital goiana, especialmente pela brutalidade. O menino chegou ao hospital com diversas fraturas e sinais de agressão.
O laudo detalha que o bebê tinha hematomas na cabeça, pescoço, tórax, ombro, virilha, coxa, além de laceração no fígado e lesões no pulmão.
Segundo o delegado Rilmo Braga, da Central Geral de Flagrantes de Goiânia, surgiu suspeita de que o pequeno tivesse sido vítima de algum tipo de ritual satânico, pois na casa do pai do menino foram encontradas seringas, velas e outros apetrechos.
Entenda o caso
O caso veio à tona depois que o pequeno foi levado pela mãe até uma unidade de saúde, no dia 3 de dezembro.
Segundo a polícia, o menino estava com roxos no corpo e a mãe alegou que o filho estava com uma doença. Entretanto, exames mostraram que o bebê tinha diversas lesões que não eram causadas por uma doença.
À época, o Conselho Tutelar foi acionado e passou a guarda do menino para a avó e denunciou o caso à Polícia Civil. Entretanto, o menino acabou voltando para os cuidados dos pais.
Dias depois, na madrugada de sábado (14), a criança foi levada novamente para o hospital, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O pequeno Pedro estava com lesões em todo o corpo.
Em depoimento à polícia, o pai disse que um armário caiu em cima do menino, versão que também foi dada pela mãe. Entretanto, conforme o delegado, o laudo pericial apontou que o menino estava com “politraumatismo com sinais de maus-tratos”.
“Várias lesões na região das pernas e dos braços, fraturas calcificadas com novas fraturas nos mesmos locais, o que denota que as agressões eram praticadas de forma semelhante”, detalhou o delegado.
O laudo dos exames feitos após a morte, apontam que o menino também teve hematomas que atingiram a região entre o couro cabeludo e os ossos do crânio, além de um edema cerebral difuso, ou seja, um inchaço no tecido cerebral.
O relatório médico ainda detalhou que o menino estava com lesões no pulmão e com laceração no fígado.
O pai do menino, de 29 anos, foi preso por homicídio qualificado, pois é considerado o principal suspeito de matar o filho. A mãe, de 23 anos, chegou a ser presa, mas foi solta pois não configurava flagrante. A avó também está sendo investigada.
O caso segue sendo investigado e foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde tramitará o inquérito.