O ex-secretário municipal de saúde de Goiânia que estava preso suspeito por irregularidades na secretaria, foi solto neste sábado (7).
Além do ex-secretário, outros dois que haviam sido preso também foram soltos.
Ex-secretário de saúde
Conforme o Ministério Público de Goiás, a soltura ocorreu devido ao órgão não encontrar motivos para converter a prisão temporária em prisão preventiva.
De acordo com a defesa do ex-secretário, com a soltura de Pollara, a defesa continuará acompanhando o desenrolar das investigações (Confira a nota no final da matéria).
Por sua vez, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), informou ao Portal Dia que o órgão não passará mais detalhes sobre o caso, pois corre em segredo de Justiça.
Até o momento a defesa dos demais investigados não se posicionou a respeito do caso.
A investigação iniciou com o objetivo de apurar a prática de vantagens indevidas em contratos que causaram prejuízo aos cofres públicos.
Com base no promotor Rafael Correa Costa, foi identificado pagamentos realizado de maneira irregular, clandestinamente, e sem a declaração na contabilidade pública.
Além disso, o Ministério Público ainda verificou que as práticas irregulares agravaram a saúde pública da capital e que atualmente a dívida do município na área da saúde está em aproximadamente R$ 300 milhões.
Um dos quesitos que tem sido mais registrados é a falta de insumos básicos, paralisação de serviços e falta de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI).
Confira a nota completa da defesa do ex-secretário
“A defesa disse que não há provas de materialidade delitiva por parte do cliente. Wilson Pollara não apenas não praticou qualquer tipo de crime à frente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como, ao contrário, veio à Goiânia para tentar contribuir para a melhoria da atuação do órgão.
Com mais de 50 anos de carreira, mestrado e doutorado em clínica cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP) e uma gestão à frente da Secretaria Municipal de Saúde que se tornou sinônimo de eficiência, onde conseguiu zerar a fila de espera por exames, Pollara foi convidado para assumir a SMS, no ano passado, e colaborar para sanar os problemas da saúde em Goiânia.
Em todos os depoimentos das testemunhas ouvidas pelo MP-GO fica claro que a crise da dívida da SMS com prestadores de serviço e fornecedores já existia antes da vinda de Pollara, desde a gestão anterior do órgão, e que jamais houve qualquer tipo de prática ilegal, como suborno e propina, por parte do cliente.
Ao tentar solucionar os problemas da saúde em Goiânia, Pollara acabou perseguido e injustiçado. A defesa está certa de que irá conseguir comprovar a inocência de seu cliente que, neste momento, tem como foco principal buscar assistência médica para tratar de um câncer no rim, detectado durante a internação hospitalar nesta semana.”