A cuidadora de idosos, Cíntia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, que estava desaparecida, foi encontra morta com sinais de estrangulamento no Setor Cidade Jardim, em Goiânia.
O principal suspeito do crime é um colega de trabalho da vítima, que foi preso em flagrante na terça-feira (5), pela Polícia Civil (PC).
Desaparecimento da cuidadora encontrada morta
De acordo com a delegada Lara Soares, da Central de Flagrantes, o crime começou a ser investigado depois que o marido da vítima procurou a polícia na última segunda-feira (4), para relatar o desaparecimento dela.
Em relatos à polícia, ele contou que deixou a mulher na casa do casal de idosos onde ela trabalhava, no Setor Cidade Jardim. Entretanto, não teve mais notícias depois.
Um outro homem que também trabalhava na residência dos idosos, contou à polícia que a mulher não tinha entrado no local naquele dia.
Ao checar imagens de câmeras de segurança, a polícia comprovou que o marido havia deixado a esposa no local e que ela havia sim entrado na residência. Desta forma, devido as contradições dos depoimentos, o caso foi repassado para a Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) para ser investigado.
Após as devidas apurações, foi descoberto que o homem matou a mulher estrangulada e ocultou o corpo em uma casa vizinha. Ele teria jogado o corpo por cima do muro e arrastado para dentro de um dos cômodos.
Posteriormente, a polícia descobriu que, no dia do crime, o suspeito chegou a pedir uma pá emprestada para os vizinhos, na tentativa de enterrar o corpo. Entretanto, ao perceber que não conseguiria, resolveu arremessar o corpo para a outra residência.
Motivação
De acordo com o delegado Carlos Alfama, o suspeito confessou o crime e deu detalhes de como praticou, afirmando que agiu sozinho. Na residência, a polícia encontrou indícios da ocultação do cadáver.
“Havia uma parte de terra remexida, como se alguém tivesse mexido naquele local. A cerca elétrica, que separa a casa onde a vítima trabalhava da casa vizinha, também estava repuxada. Desta forma, realizamos o adentramento na casa vizinha e encontramos o corpo em estado de decomposição”, detalhou.
O delegado ainda explicou que crime teria sido motivado por uma rejeição da vítima ao suspeito, que teria tentado agarrá-la a força.
“Ele relata que tentou beijar a vítima a força, ela não aceitou, disse que era casada, rejeitou o beijo forçado e desferiu um tapa no rosto dele. Ele então não aceitou que ela pudesse rejeitá-lo e decidiu matá-la mediante estrangulamento”, ressaltou Alfama.
Conforme o delegado, há suspeita também que ele tenha tentado estuprar a vítima, o que será analisado pelo Instituto de Criminalista e pelo Instituto Médico Legal (IML).
A hipótese foi levantada depois que a ex-esposa do suspeito relatou à polícia que ele teria tentado estuprá-la na última sexta-feira (1º), quando também foi vítima de agressão com chutes e socos por parte dele.
“A Delegacia de Homicídios tem uma forte suspeita de que ele tenha tentado estuprá-la, principalmente porque tivemos a notícia da ex-esposa desse indivíduo de que, na sexta-feira anterior ao crime, ele também tentou estuprá-la. Ela resistiu e ele a agrediu fisicamente. Então é provável que ele tenha repetido essa tentativa de estupro com a vítima”, relatou o delegado.
No momento da prisão, a polícia ainda encontrou a aliança de casamento e o anel de noivado da vítima dentro da carteira do suspeito.
O homem foi preso em flagrante e confessou o crime. Segundo a polícia, ele já possui passagens por outros crimes, como violência doméstica e familiar e furto qualificado. Ele, inclusive, chegou a ser preso com base na Lei Maria da Penha.
O Portal Dia não localizou a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
Quem era a cuidadora de idosos
Cíntia Ribeiro cuidava de um casal de idosos, que vivia acamado na residência. Ela havia se casado recentemente, no final do mês de outubro. Além do marido, ela deixa quatro filhos.
O velório dela está sendo realizado nesta quarta-feira (6), na Assembleia de Deus Pentecostal, no Bairro Goya II. O sepultamento está previsto para às 17h, no Cemitério Jardim da Saudade.
Após o crime, filho do casal de idosos retirou os pais da casa onde estavam, devido a exposição do caso.