A técnica de enfermagem Gesielly Helienay Fernandes da Silva, de 36 anos, que morreu por overdose de morfina negociava medicamentos com colegas de trabalho, conforme denúncia da irmã.
Gesielly morreu no último dia 12 de setembro, segundo nota de pesar do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO).
Segundo a irmã, Gesielly estava depressiva e se auto medicava com morfina para aliviar as dores. Ela então se tornou dependente do medicamento.
Conforme a irmã da vítima, os colegas de trabalho começaram a vender a morfina para a técnica e, quando não vendiam, davam.
Em prints divulgados pela Polícia Civil é possível ver uma conversa de Gesielly com uma outra técnica de enfermagem, tentando negociar o medicamento do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). Na conversa, ela disse que seria para uma outra pessoa.
Na transcrição do áudio da conversa, a mulher afirma que mentia para os médicos para conseguir ter acesso ao medicamento e desviá-lo.
“Vou dizer que a paciente está gemendo. A doutora passa uma morfina, ai eu faço tramal na paciente.”, diz o trecho da conversa.
Até o momento, cinco técnicos de enfermagem estão sendo investigados pelos crimes. Uma pessoa foi presa em flagrante, pois a polícia encontrou diversos medicamentos na residência dela.
Caso começou a ser investigado depois que técnica de enfermagem morreu por overdose
De acordo com a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado depois que Gesielly morreu por overdose.
A investigação chegou à conclusão de que técnicos de enfermagem e enfermeiros investigados do Hetrin negociam Morfina, Tramal e Tramadol para terceiros, além de se auto medicarem.
Os crimes investigados são peculato, associação criminosa, tráfico de drogas e homicídio.
A Polícia Civil ainda afirmou que o hospital colaborou com as investigações e é vítima dos crimes. Segundo a unidade de saúde, os funcionários envolvidos foram demitidos.