A Polícia Civil de Goiás concluiu que a professora Fábia Cristina Santos, de 43 anos, vivia uma rotina de violência antes de ser morta pelo marido durante uma viagem.
O caminhoneiro Douglas José de Jesus, de 47 anos, se matou após o crime e o filho de Fábia revelou à polícia detalhes da vida do casal.
Douglas e Fábia foram vistos pela última vez no dia 9 de março. O corpo da professora foi encontrado no carro do casal no dia 22 de abril. O caminhoneiro é suspeito de matar e ocultar o corpo da esposa. O corpo dele foi encontrado no dia 4 de maio, próximo ao local onde o carro estava.
Rotina de violência
O caso foi investigado pela Delegacia de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia e o inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público (MP) na última sexta-feira (29). O MPGO ainda informou que o processo foi recebido e é analisado pela 4ª Promotoria de Justiça de Goianira.
Durante a investigação, a Polícia Civil (PC) ouviu o filho do casal, que morava com eles. No depoimento, o jovem contou que o relacionamento de Fábia e Douglas era marcado por uma rotina de violência doméstica, com agressões físicas, ameaças de morte, violência psicológica e tortura.
Segundo o filho, Douglas era muito ciumento chegava a monitorar o trajeto da esposa de ida e volta para o trabalho, a perseguia escondido e não gostava que ela tivesse amizades.
Além disso, ele ainda revelou que o caminhoneiro era agressivo e chegou a torturar a esposa com uma faca em um rio.
Sobre os momentos de violência em casa, o jovem se lembrou de cinco vezes em que Douglas “surtou” e quebrou os móveis da residência. Também detalhou que durante uma discussão o caminhoneiro molhou Fábia com água gelada e a obrigou a passar a noite do lado de fora da casa.
Ele ainda disse que dias antes do casal viajar, Douglas estava mais agressivo e acusava Fábia de traí-lo.
O jovem revelou ainda que o caminhoneiro ameaçou a professora de morte três semanas antes da viagem.