A Justiça de Goiás tornou réus os seIs policiais militares do Comando de Operações de Dividas (COD) envolvidos na simulação de um confronto, que resultou na morte de dois homens, em Goiânia.
A denúncia foi recebida pela Justiça nessa terça-feira (18) e com base no Ministério Público de Goiás (MPGO), os policiais foram acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por terem agido sem dar chance de defesa às vítimas.
PMs do COD envolvidos na morte de dois homens
Para os promotores, os policiais Marcos, Wandson, Wellington e Pablo Henrique participaram ativamente das mortes. Já os policiais Allan Kardec e Diogo, agiram descaracterizados para ajudarem na execução.
Tudo ocorreu no dia 1° de abril, quando os policiais armaram um encontro com as vítimas alegando que iriam realizar uma entrega.
Conforme o MP-GO, o carro das vítimas estava estacionado próximo ao meio-fio do Centro de Treinamento do Vila Nova Futebol Clube. Na ocasião, Marines (vítima) estava dentro do carro sentado no banco do motorista, enquanto Junio (vítima) estava em pé do lado de fora, próximo à porta dianteira direita, no momento em que os policiais se aproximaram e dispararam contra eles.
Um vídeo gravado pelo celular de uma das vítimas mostra a simulação do confronto e o momento em que um dos policiais aparece sacando uma pistola e atirando duas vezes, na filmagem também é possível ver um dos militares tirando outra arma da sacola e colocando no veículo das vítimas para alegarem que foi um confronto.
Após o caso, uma investigação realizada pela Corregedoria da Polícia Militar concluiu que os policiais mentiram para justificar as ações e dificultar as investigações.
No inquérito também foi citado que os policias apresentaram diferentes versões sobre motivações, disparos e até mesmo horários da ocorrência.
Como a decisão da Justiça não acolheu o pedido dos promotores de prisão preventiva dos acusados e nem o pedido de afastamento deles das atividades policiais, o MPGO alegou que está “estudando a medida jurídica a ser tomada”.
