O vigilante Clenilton Lemes Correia, que morreu após ser atropelado por um carro de luxo na GO-020, não teve morte imediata e chegou a ser socorrido, conforme relatos de uma testemunha à Polícia Civil.
A informação foi divulgada pela delegada Ana Cláudia Rodrigues, responsável pelo caso, durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (12).
Testemunha conta que acionou socorro para vigilante que foi atropelado por carro de luxo
Conforme a delegada, o suspeito disse em depoimento que acreditava que a vítima já estava morta quando deixou o local, mas uma testemunha contou que o vigilante ainda estava vivo quando acionou o socorro. Clenilton chegou a ser atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu ainda no local.
“Uma pessoa que chegou logo após o fato esclareceu que a vítima ficou no local, ela teve atendimento e ela ainda estava com vida. Então, é muito importante que, ocorrendo um acidente, a gente seja humano e preste esse atendimento que pode salvar vidas”, disse a delegada.
A autoridade policial ainda informou que o suspeito estava com um amigo no momento do acidente, que detalhou que os dois ingeriram bebidas alcoólicas antes do acidente. Além disso, contou que não percebeu a presença do vigilante antes do acidente.
“Ele não viu o motociclista e ele acredita que o amigo também não. Após o ponto de impacto, ele pediu muito para que o motorista parasse, ele não conseguiu, seguiu e se dirigiu a casa dele. Ele teve acesso e a certeza de que ali existia uma vítima”, declarou a delegada.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que utiliza câmeras de monitoramento para comprovar que o suspeito bebeu antes do acidente. Em depoimento, o homem havia declarado que não ingeriu bebida alcoólica.
Além disso, a corporação também tem acesso a comandas de consumação dos estabelecimentos onde ele passou e encontrou vestígios de bebida alcoólica no carro dele.
Prisão
O motorista chegou a ser preso em flagrante no último domingo (9), horas após o acidente, mas já está em liberdade. O caso foi tipificado por lesão corporal culposa no trânsito.
A defesa informou, em nota, que foi concedida uma liminar para revogar a prisão, com medidas cautelares diversas. Confira a íntegra:
“A defesa do Sr. Antônio Scelzi Netto, informa que diante da decretação da prisão preventiva em desfavor do nosso cliente, contrário a norma Processual Penal, foi impetrado ordem de Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e diante da análise criteriosa e estritamente legal, foi concedida a liminar requerida para revogar a prisão, impondo medidas cautelares diversas da prisão, suficientes para acautelar o resultado útil do processo.”
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