O motorista do carro de luxo suspeito de matar um vigilante atropelado, bebeu em vários bares de Goiânia antes do acidente, conforme informaram testemunhas à Polícia Civil.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Stoffel, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o motorista estava sobre efeito de álcool, porém não embriagado.
“O laudo do IML assegurou que o condutor do veículo estava sobre influência de álcool, entretanto, ele não estava embriagado. Só que, a embriaguez pode ser não só comprovada pelo bafômetro e não só pelo laudo médico, mas também por provas testemunhais apresentadas”, explicou a delegada.
Motorista suspeito de matar vigilante atropelado
Por meio de nota, a defesa do motorista informou que foi concedida uma liminar pare revogar a prisão do suspeito, impondo apenas medidas cautelares diversas da prisão.
O suspeito teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça após audiência de custódia que foi realizada nessa segunda-feira (10). Durante a audiência, a juíza Ana Claudia Veloso Magalhães disse que o motorista apresenta risco para o ordem pública.
“A sansão é de reclusão superior a 4 anos. A ordem pública não pode ficar desprotegida com a presença dele em sociedade, ele não sabe o que é respeito pela lei, agride, afronta e dissemina a nossa sociedade”, alegou a juíza.
Além disso, a juíza também retirou o direito do condutor de dirigir qualquer tipo de veículo nos próximos quatro anos.
Relembre o acidente
Com base na investigação, após atingir a moto de Clenilton Lemes Correia na GO-020, de 39 anos, o suspeito arrastou o vigilante por cerca de 200 metros e fugiu do local após o caso.
“Nunca mais a família poderá abraçar Clenilton, que foi atingido irresponsavelmente e dolosamente (quando há intenção)” afirmou a juíza.
Durante o depoimento, o suspeito disse que não parou para prestar socorro por ter ficado em estado de choque ao notar que a vítima estava morta.
A placa da moto da vítima chegou a ficar presa no para-choque do carro devido a força do impacto. Após o caso, a mulher do vigilante cobra por justiça e diz que que “essa impunidade não pode passar em branco”.
“Isso é muito grave. Pura irresponsabilidade. Tirou a vida de um pai de família, não pode ficar impune, sei que isso não acontece pela primeira vez e nem vai ser a última” disse Antônia em tom de indignação.
Mais sobre o caso:
- Vigilante morre após ser atropelado e arrastado por carro de luxo, em Goiás
- Motorista suspeito de matar vigilante atropelado disse que não bebeu, diz polícia