Um caminhoneiro, de 40 anos, virou réu pela morte dos quatro policiais militares (PMs) em acidente no dia 24 de abril, na BR-364, em Cachoeira Alta, no sudoeste de Goiás.
A conclusão do inquérito da Polícia Civil aponta que o motorista invadiu a pista contraria da rodovia em alta velocidade, com o caminhão carregado com milho pesando cerca de 70 toneladas.
Além disso, o documento detalha que a ultrapassagem foi feita em local proibido, em aclive, e em horário avançado do dia, por volta de 19h30, o que dificultou a ação dos policiais, que seguiam no sentido contrário.
Na denúncia, o promotor Tommaso Leonardi aponta que o crime se enquadra como dolo eventual, quando não há intenção, mas se assume o risco diante das atitudes.
“Em alta velocidade e com veículo de peso elevadíssimo, invadiu a faixa contrária, sendo esta de faixa contínua, indicando a ultrapassagem proibida […] Portanto, assumindo o risco da produção do resultado, uma vez que é motorista profissional e tem conhecimento de peso e velocidade em relação ao caminhão, além de ter conhecimento acerca dos riscos de uma ultrapassagem proibida”.
Conforme laudo da perícia criminal, foram encontradas marcas de frenagem do caminhão no acostamento contrário à sua mão, ou seja, na pista onde vinha o carro com os policiais. Pouco antes do acidente, a velocidade do caminhão era entre 110 e 120 quilômetros por hora.
Morte de quatro PMs em acidente na BR-364
O crime ocorreu no dia 24 de abril deste ano e vitimou os policiais Gleidson Rosalen Abib, Liziano José Ribeiro Júnior, Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e Diego Silva de Freitas.
Os policiais militares eram lotados no Comando de Operações de Divisas (COD) e estavam em serviço no momento do acidente. Laudo da perícia aponta que o PM tentou desviar do caminhão e evitar o acidente.
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