A advogada de 31 anos acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados tinha plena consciência dos atos quando ofereceu os alimentos contaminados às vítimas, conforme aponta laudo de exame de insanidade mental.
O exame foi pedido pela defesa da advogada e acatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Amanda já havia sido diagnosticada previamente com transtornos como Boderline e bulimia nervosa. Entretanto, o laudo concluiu que a mulher tinha capacidade de discernimento entre certo e errado e de determinar as próprias ações a partir disso.
“Nosso entendimento é que a pericianda era plenamente capaz de entender a licitude de seus atos (…). A presença do referido diagnóstico no caso desta pericianda não alterou a sua capacidade de entendimento e de determinação diante dos fatos”, diz trecho do laudo, obtido pela TV Anhanguera.
O documento ainda aponta que ela agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime.
“Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, aponta.
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Conforme o laudo, as condições já apresentadas pela não impedem que ela cumpra pena em regime fechado ou que tenha interferido na sua capacidade de entendimento quanto crime.
A análise foi feita pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás, que também ouviu a mãe da advogada, com objetivo de entender o comportamento dela desde a infância.
Desta forma, os psiquiatras forenses concluíram que a mulher não apresenta qualquer limitação cognitiva, retardo mental, além de também não ter sido identificada qualquer evidência de doença mental.
O Portal Dia tenta contato com a defesa da advogada para manifestação sobre o caso.
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Relembre o caso da advogada acusada de envenenar ex-sogro e mãe dele
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo Pereira Alves e a mãe dele, Luzia Tereza Alves.
A família se reuniu com a ex-nora de Leonardo para um café da manhã e, cerca de três horas depois, ele e a mãe começaram a passar mal com dores abdominais, diarreia e vômitos. Ambos foram levados para o hospital, mas não resistiram e acabaram falecendo.
A advogada foi apontada como a principal suspeita do crime, visto que comprou os alimentos que as vítimas ingeriram e também comprou veneno pela internet dias antes da morte das vítimas.
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Durante as investigações a polícia descobriu que a mulher não aceitava bem o término do relacionamento, pois estava ameaçando e perseguindo o ex.
Segundo o delegado Carlos Alfama, desde julho a advogada fazia ameaças ao ex. Tudo começou uma semana antes do término, quando a relação já estava desgastada.
Informações apontam que ela usava seis perfis falsos em redes sociais para praticar o crime. Além disso, ela também fazia ameaças por telefone, usando modificador de números.