O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu manter a prisão preventiva da mulher, de 43 anos, e do filho, de 20, suspeitos de matar um estudante e ferir outros dois na porta de uma escola em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
A decisão foi tomada após audiência de custódia, realizada na tarde desta quinta-feira (22/2). O crime aconteceu na terça-feira (20).
Na decisão, o juiz Renato César Dorta Pinheiro detalhou que os suspeitos agiram intencionalmente com violência e colocaram em risco a vida de outras pessoas.
“Agiram nas proximidades da escola, durante o fluxo de saída de alunos, fato este que indica (…) a despreocupação em atingir outras pessoas, especialmente crianças e adolescentes”, argumentou.
O juiz ainda afirmou que a mulher agiu de forma irresponsável, pois incentivou os filhos a brigaram com os outros adolescentes. Além disso, relatou que ela se inseriu na briga portando um martelo.
“Como genitora, a custodiada deveria não apenas orientar seus filhos a não praticarem delitos, mas também impedir situações que colocassem em risco a vida de outras pessoas. Entretanto, os relatos colhidos (…) apontam que ela, na verdade, foi quem instigou toda a situação”.
Vítimas
Os dois adolescentes feridos na confusão foram levados para o Hospital de Urgências de Anápolis (Heana). Um deles, de 13 anos, recebeu alta no dia seguinte ao crime, após fazer fazer uma ligadura na parede abdominal.
O outro, de 15 anos, está sedado e internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele passou por uma laparotomia para a retirada de parte do cólon, de um dos rins e do baço.
Motivação
De acordo com o delegado Wlisses Valentim, a briga foi motivada por uma discussão em um jogo online. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento que a confusão começou e que os estudantes foram atingidos.
“Os meninos fizeram uma live ontem em um joguinho online e, no meio da live, outro garoto entrou e começou a fazer ofensas. Então, eles combinaram de se encontrar na saída da escola para resolver essas diferenças. Na saída da escola houve essa briga”, explicou.
Após a briga, os suspeitos foram levados para a delegacia. Em sua versão sobre o caso, o jovem de 20 anos disse que agiu para defender a família, pois o irmão já estava sendo ameaçado na escola há alguns dias.
“Eles vieram tudo pra cima da minha mãe e do meu irmão. Bateram na minha mãe, bateram no meu irmão, veio para cima de mim e eu puxei a faca. Eu tinha que me defender, defender minha família”, justificou.
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