A Polícia Civil do Distrito Federal (PDCF) indiciou Jair Renan Bolsonaro, de 25 anos, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outros investigados por suspeitas de fraudes em empréstimo bancário.
Os crimes investigados são referentes a falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro.
De acordo com a polícia, Renan Bolsonaro pode ter falsificado as relações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, à época pertencente ele, para conseguir um empréstimo.
A fraude foi feita para apontar um faturamento que nunca existiu na empresa, de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022.
Inicialmente, o empréstimo era de R$ 157 mil. Posteriormente, obteve novos, com valores de R$ 251 mil e R$ 291 mil. O último não foi quitado, segundo a investigação.
Além disso, conforme a polícia, Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito de sua empresa, no valor de cerca de R$ 60 mil.
Em depoimento à polícia, o filho do ex-presidente afirmou que não reconhecia as assinaturas nas declarações que foram supostamente fraudadas. Entretanto, peritos atestaram que a assinatura nos documentos é autêntica.
A polícia ainda afirmou que o banco apresentou provas de que Jair Renan autorizou a efetivação do empréstimo por meio de sua biometria.
Agora, caberá ao Ministério Público decidir se oferece denúncia.
Jair Renan Bolsonaro foi alvo de operação
Renan Bolsonaro e seu ex-instrutor de tiros foram alvo, em agosto de 2023, da Operação Nexum, que morava um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Na ocasião, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços de Renan: um apartamento em Balneário Camboriú (SC) e outro em Brasília.
O Portal Dia não conseguiu contato com a defesa dos citados até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.