A conta de luz deve ficar, em média, 5,6% mais cara, conforme projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgada nesta semana.
A projeção ultrapassa a inflação prevista para o período, estimada em 3,87% pelos economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central.
No ano de 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previa um aumento médio de 6,8% nas tarifas das distribuidoras. No entanto, o aumento observado foi de 5,9%.
Aumento na conta de luz
De acordo com a Aneel, três fatores exercem influência no aumento da conta de energia elétrica:
- A energia adquirida no mercado cativo, termo utilizado quando o consumidor não tem a opção de escolher o fornecedor de energia e é obrigado a adquiri-la da distribuidora local.
- A expansão da rede de transmissão.
- A conta de subsídios, cujo montante tem aumentado nos últimos anos.
A Aneel realiza ajustes anuais nas tarifas de energia cobradas pelas distribuidoras, na data de “aniversário” da concessão.
Esses ajustes levam em consideração diversos fatores, como o custo da geração e transmissão de energia, encargos setoriais, custos operacionais da distribuidora e a inflação no período.
Subsídios
Para o ano de 2024, prevê-se que os subsídios atinjam o patamar mais elevado registrado na série histórica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), totalizando R$ 37,2 bilhões.
Esses subsídios são incorporados pelos consumidores de energia por meio dos encargos pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
A maior parcela desse montante, equivalente a R$ 32,7 bilhões (88%), será bancada diretamente pelos consumidores de energia ao longo de 2024, mediante a inclusão de dois encargos nas suas contas de luz.