A Polícia Civil descartou que pesticida tenha sido usado para o envenenamento de Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves, em Goiânia. O crime teria sido cometido pela ex-nora de Leonardo.
Entretanto, a corporação não descartou a tese de envenenamento e ainda busca descobrir qual substância teria causado a morte da mãe e do filho.
Conforme apontam as investigações, o crime teria sido cometido depois que a mulher, que é advogada com registro em Itumbiara, teria se sentido rejeitada com o término do relacionamento com o filho de Leonardo.
Investigação de envenenamento
De acordo com o delegado Olegário Augusto, perito criminal e da Divisa de Comunicação da Polícia Científica, já foram analisados 300 pesticidas.
“Os pesticidas, como eles são moléculas maiores, eles são mais fáceis, relativamente mais fáceis da gente trabalhar com elas e detectá-las. Então, já foi feita essa pesquisa pelos 300 pesticidas e já foi descartada essa hipótese. Até o carbamato, que é o ‘chumbinho’, que era uma das vias, ele já foi descartado”.
Em coletiva de imprensa concedida na última quinta-feira (21), o delegado Carlos Alfama, responsável pelas investigações, explicou que mesmo que a perícia não identifique a substância usada, o caso continuará sendo considerado envenenamento.
A defesa da advogada afirma que comentará sobre o caso no desenrolar das investigações, mas contesta a legalidade da prisão, que foi feita no período noturno em um hospital. Além disso, afirma ela se entregou voluntariamente, entregou documentos e informou à polícia sobre seu estado de saúde e localização.
Relembre o caso de envenenamento
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo. A família se reuniu para um café da manhã e, cerca de três horas depois, ele e a mãe começaram a passar mal com dores abdominais, diarreia e vômitos. Ambos foram levados para o hospital, mas não resistiram e acabaram falecendo.
Além das vítimas, estavam no café da manhã o pai de Leonardo, que não ingeriu alimentos, e a ex-nora, apontada como a principal suspeita do crime.
A hipótese levantada pela polícia é que o envenenamento tenha acontecido através de um suco de uva levado pela advogada.
A polícia revelou que as visitas da mulher à família do ex-namorado eram frequentes e ele ficava incomodado com a situação, pedindo até que diminuísse as idas ao local.
Durante as investigações, a polícia também descobriu uma série de ameaças contra o filho de Leonardo e à família, que teriam vindo da advogada.
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