Diante da iminente onda de calor prevista para os próximos dias, os goianos devem estar atentos aos cuidados com a saúde, pois o calor extremo pode levar ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e ao agravamento de doenças respiratórias.
Goiás está em grande alerta de perigo até a próxima terça-feira (26/9), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em algumas cidades, a temperatura pode chegar a 41ºC. Por disso, faz-se necessário a adoção de algumas medidas e cuidados para suportar o calor intenso.
Cuidados diante da onda de calor
De acordo com o médico Infectologista da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), João Alves de Araújo Filho, as altas temperaturas podem impactar nas doenças respiratórias.
“O calor excessivo pode ter sérias consequências para nossa saúde, desde a desidratação leve até a morte. Normalmente o calor vem acompanhado por diminuição da umidade do ar. Isto pode piorar doenças respiratórias, como a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Favorece também quadros de infecção respiratória’’, destaca.
Além disso, o calor extremo pode causar desidratação, exaustão e fadiga. Crianças e idosos são os mais suscetíveis aos efeitos adversos do calor, com probabilidade de desenvolver complicações com maior rapidez e gravidade.
Para prevenir os sintomas, é aconselhável beber água regularmente, mesmo antes de sentir sede, para prevenir a desidratação. É preciso também evitar exposição prolongada ao calor, pois pode causar mal-estar, fraqueza, náuseas, desmaio, taquicardia e hipotensão.
Além disso, a exposição ao calor pode causar aumento da temperatura corporal (> 40°C) e alteração do estado mental, isso pode levar a insuficiência de órgãos, incluindo pulmões, coração e fígado.
Diante do calor extremo, também é recomendável praticar atividades físicas apenas nas horas mais frescas do dia, como no início da manhã ou final da tarde e noite. Além disso, é preciso manter a hidratação e reduzir a intensidade e a duração dos exercícios.
Alimentação
Em dias muito quentes, o cuidado com os alimentos também devem ser redobrados, pois há maior probabilidade do desenvolvimento de microrganismos indesejáveis e suas toxinas, o que leva à contaminação.
Segundo a Coordenadora da Fiscalização e Monitoramento de Alimentos da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES), Cynthia Moraes, os alimentos devem ser conservados em ambientes arejados, frescos e, se necessário, sob refrigeração, sempre seguindo as orientações do fabricante. Em caso de descongelamento, mantê-los sob refrigeração até o final do processo de degelo.
“Os alimentos preparados devem ser consumidos na hora e, logo após o consumo, guardá-los imediatamente em refrigeradores em recipientes fechados. Devemos observar alterações nas características sensoriais dos alimentos, tais como alteração na cor, odor, sabor e textura. Outra consideração importante é o aparecimento de fungos/ bolores, pois estes microrganismos se desenvolvem melhor em temperaturas entre 25 °C e 30 °C”, afirma a coordenadora.
Além disso, para manter a saúde, é recomendável evitar alimentos gordurosos e de difícil digestão. Optar por alimentos leves, ricos em água e sais minerais, como vegetais e frutas, é aconselhável.