A paixão pela pesca uniu os 12 amigos que morreram durante a queda de avião em Barcelos, no interior do Amazonas. Entre as vítimas há cinco goianos, além do piloto e copiloto, totalizando 14 vítimas fatais.
Os amigos goianos se conheceram em pescarias no Lago Serra da Mesa, em Minaçu, na região norte de Goiás, e também pela ligação com o agronegócio. Eles, inclusive, já fizeram outras viagens juntos para pescar, até mesmo para o Rio Negro, no Amazonas.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento que os pescadores entram na aeronave. Em um dos registros, uma das vítimas chega a comparar o avião com “uma lata de sardinha”.
Como aconteceu a queda de avião no Amazonas
O acidente aconteceu no último sábado (16/9), entretanto, ainda não há informações sobre as causas, mas o mau tempo pode ter contribuído para a queda, pois, segundo a Defesa Civil, chovia muito no momento do acidente.
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Vinícius Almeida, informou que ainda não há dados conclusivos sobre o que teria acontecido, mas testemunhas contaram que a aeronave chegou a aterrissar, mas não teve pista suficiente para frear.
Informações apontam que outras duas aeronaves que pousariam na pista de Barcelos antes do acidente chegaram a cancelar a aterrissagem por questões de segurança.
O avião que caiu é um Embraer EMB-110 “Bandeirante”, com capacidade de transportar até 18 passageiros. A Agência Nacional de Aviação (Anac) confirmou que a situação da aeronave estava classificada como “regular”.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que foi acionada para investigar as causas do acidente.
Vítimas
No total, cinco goianos estão entre as vítimas do acidente, sendo Gilcrésio Salvador Medeiros, dono de uma pousada em Niquelândia; Marcos de Castro Zica, engenheiro agrônomo e empresário morador de Uruaçu; Fábio Campos Assis, empresário e morador de Anápolis; Witter Ferreira De Faria, empresário no ramo do agronegócio em Uruaçu; e Renato Souza de Assis, aposentado e natural de Jataí.
As outras vítimas foram identificadas como:
- Euri Paulo dos Santos – dono da Moderna Empreendimentos e Serviços e diretor da Ensel Engenharia e Serviços Especiais (MG);
- Fábio Ribeiro, empresário e ex-executivo do Grupo Algar (MG);
- Guilherme Boaventura Rabelo – diretor da GJB Engenharia e Empreendimentos Ltda (MG);
- Hamilton Alves Reis – diretor de vendas e marketing da Algar Tech (MG);
- Heudes Freitas – ex-funcionário da Algar e diretor da Terra Engenharia Fundações e Sondagens (MG);
- Luiz Carlos Cavalcante Garcia – ex-funcionário da Algar e diretor do Cajubá Country Clube (MG);
- Roland Montenegro Costa – médido cirurgião-geral do Hospital de Base em Brasília (DF);
- Leandro Souza – piloto;
- Fernando Galvão – copiloto.
Traslado dos corpos
O Governo do Amazonas criou uma força-tarefa para identificar, até a manhã de segunda-feira (18), os corpos das vítimas do acidente.
Apesar de não ter divulgado os nomes dos passageiros e tripulantes, o governo do Amazonas recebeu a lista da empresa responsável pelo avião que se acidentou.
Após a identificação, os corpos dos goianos serão encaminhados para Goiás. Para isso, o governador Ronaldo Caiado determinou que o Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg) faça o traslado dos cinco goianos.
A previsão para o início do traslado de Manaus para Goiânia depende do andamento dos procedimentos técnicos no Amazonas. Já a retirada das vítimas do Instituto Médico Legal (IML) requer a presença e autorização de um familiar.