Raíssa Nunes Borges, acusada de matar Ariane Bárbara Laureano de 18 anos, confessou durante julgamento nesta terça-feira (29/8), que assassinou a vítima com uma facada no peito. Segundo a réu, o planejamento do crime foi de autoria da outra menor apreendida.
Conforme a ré, no dia da execução, todos os envolvidos usaram cocaína para ficarem ainda mais “enérgicos” na cometer o crime.
Caso Ariane
Raíssa surpreendeu ao não se manter em silêncio durante o julgamento como havia solicitado pela sua defesa. Ela especificou os detalhes do crime e afirmou que todos os acusados tiveram envolvimento no caso e também ajudaram a planejar o crime.
A investigada alegou que o crime foi planejado na manhã do dia 24 de agosto enquanto lanchava em um estabelecimento com os outros envolvidos, e que a adolescente menor de idade, pediu para que Raíssa escolhesse uma vítima, após ela não escolher, a adolescente citou Ariane.
Conforme a ré, Jefferson Cavalcante foi quem buscou todos os envolvidos e a vítima. Ariane foi no banco de trás entre a adolescente e Raíssa.
“Em uma rua isolada e escura, comecei a enforcar Ariane e ela perguntou o que eu estava fazendo, foi quando parei e me mandaram para o banco da frente. A freya passou para trás e enforcou a Ariane. Foi eu quem dei a primeira facada que foi no peito, quando dei ela ainda estava acordada e desacordada”, relatou.
A investigada ainda afirmou que tentaram desbloquear o celular de Ariane após matá-la, mas não tiveram sucesso e jogaram o aparelho fora pela janela.
“Passamos o corpo de Ariane para o porta mala ainda com o carro de movimento. Freya foi quem deu a ideia de enterrar o corpo no Jaó e ela quem carregou o corpo até uma área determinada da mala. Eu que passava para a Freya a terra e pedra para enterrar o corpo”, pontuou.
- Mais sobre o caso: Acusados de matar Ariane Bárbara são condenados a mais de 14 anos de prisão
Arrependimento pelo crime
Ariane citou durante o interrogatório que se arrepende pelo crime e que “pediu a Deus para trazer Ariane de volta”. Ela ainda afirmou que várias pessoas pediram para ela não falar a verdade e os detalhes do crime, mas que não aguentava mais se culpar e não falar sobre o assassinato.
“Não tem provas minhas, digitais, mas a minha consciência não me permitiu eu não falar a verdade, me falaram para não falar, mas eu não conseguiria continuar mentindo. Todo mundo que sabe da minha historia falaram pra mim não falar a verdade”, frizou.
Em depoimento, ela também pediu desculpas para a mãe da vítima. Veja:
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Relembre o caso
Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), Raíssa, Jefersson e Enzo, conheceram Ariane em uma pista de skate pública. No dia do crime, 24 de agosto de 2021, os acusados chamaram a jovem para sair com a justificativa de que iriam lanchar.
O crime ocorreu por volta das 21 horas, dentro do veículo que os acusados e a vítima estavam.
Ariane estava no banco de trás entre Raíssa e uma outra de menor que também é acusada pelo crime, quando foi surpreendida por Raíssa que tentou lhe estrangular. Devido a falta de força empregada, Enzo, passou para trás e trocou de assento com Raissa, momento que enforcou a vítima até que ela desmaiasse.
Após conseguirem desmaiar a vítima, Raissa voltou para o banco de trás e efetuou vários golpes de faca contra Ariane.
Jefferson era quem dirigiu o carro e parou o veículo para que Raissa e uma outra menor de idade envolvimento no crime, colocassem o corpo de Ariane dentro do porta malas. O corpo da vítima foi despejado em um matagal no setor Jaó, e após isso, os acusados se limparam em um banheiro público e saíram para lanchar após o crime.
Enzo Jacomini Carneiro Matos, mais conhecido como “Freya”, foi julgado em março deste ano e condenado a 15 anos de prisão. Sendo 14 anos de reclusão pelo crime de homicídio e 1 ano por ocultação de cadáver.
A menor de idade que participou do crime, foi apreendida na época do assassinato, mas o processo está em segredo de justiça.
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