A queda do helicóptero da Marinha em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, deixou dois militares mortos no Forte Santa Bárbara nesta terça-feira (8/8).
Segundo a Marinha, o acidente envolveu 14 militares, dos quais 12 ficaram feridos, sendo que sete foram encaminhados para o Hospital Estadual de Formosa e outros dois para um hospital no DF. Dois devem passar por cirurgia ortopédica.
Quem eram os militares mortos no acidente
Segundo a Marinha, os militares mortos já foram identificados, sendo os sargentos Luís Fernando Tavares Augusto, que servia no Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, e Renan Guedes Moura, lotado na Base de Fuzileiros Navais da Ilha do Governador (RJ).
Os dois militares tiveram a morte constatada ainda no local do acidente, um deles ficou preso debaixo das ferragens da aeronave.
No total, cinco viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas para o local, entre elas equipes de combate a incêndio e equipes de salvamento e resgate.
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Forte Santa Bárbara
O Forte Santa Bárbara, onde aconteceu o acidente, é usado para treinamentos da Marinha desde 1988. O local tem 114 mil hectares e é uma das principais bases de treinamento das Forças Armadas.
Este não é o primeiro incidente registrado na região de treinamento das forças armadas em Formosa. Em abril deste ano, um soldado do Exército Brasileiro perdeu a vida após ser atropelado por um veículo blindado.
Em agosto de 2022, outros oito militares ficaram feridos. À época, o Comando Militar do Planalto informou que um acidente ocorreu durante um exercício de treinamento de Defesa Antiaérea, enquanto técnicos e militares estavam realizando procedimentos em um veículo antiaéreo Gepard.
Outro caso foi em maio de 2022, quando um foguete pertencente ao Exército Brasileiro caiu em uma área agrícola próxima ao município. O projétil havia sido lançado do Campo de Instrução durante um treinamento destinado a soldados e oficiais.
Helicóptero da Marinha
O helicóptero UH-15, “Super Cougar” tem capacidade para transportar até 28 militares e é uma peça fundamental em operações especiais e respostas a desastres naturais.
Sua integração à aviação naval ocorreu em 2021, marcando a oitava edição do UH-15 “Super Cougar” a ser adicionada ao inventário da Marinha.
O “Super Cougar” é utilizada em diversas missões, operando tanto durante o dia quanto à noite. Suas funções abrangem desde evacuações aeromédicas até missões de busca e resgate, logística aérea e combate a incêndios.
A Marinha destaca que a aeronave também é essencial para apoiar operações anfíbias, operações especiais e até o transporte de urnas eletrônicas para áreas remotas durante períodos eleitorais.
Em 2011, a primeira unidade deste modelo foi entregue na Base Naval do Rio de Janeiro, seguida pelo envio de outras duas aeronaves do mesmo modelo para o estado de Minas Gerais no mesmo ano.
O “Super Cougar” possibilita o transporte de cargas de até 3,8 toneladas e tem autonomia de voo de 3 horas e 50 minutos.
Investigação
Segundo a Marinha, a aeronave caiu durante um exercício planejado de Fast Rope, uma técnica para desembarque rápido da tropa em ambiente adverso. A corporação informou que não houve o envolvimento de qualquer míssil ou armamento pesado na atividade.
De acordo com a Marinha, a Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico já abriu procedimento para apurar as causas e circunstâncias do acidente. É esperado que dentro de um período de 180 dias seja finalizado um Relatório Preliminar contendo detalhes como o histórico da ocorrência, laudos e pareceres técnicos.