Uma bebê de apenas 5 meses morreu após tomar injeção com dipirona nas costas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dilson Alberto de Souza, no setor Cristina, em Trindade, na região metropolitana de Goiânia.
Familiares denunciam que houve erro na aplicação da medicação, que deveria ter sido administrada na veia, porém foi aplicada nas costas, próximo aos rins. A família mora em Porangatu, mas estava em Trindade a passeio.
Entenda o caso
A criança deu entrada na unidade de saúde na última sexta-feira (4/8), com sintomas da síndrome mão-pé-boca. No local, segundo a família, a enfermeira teve dificuldades de encontrar a veia da menina, por isso, com autorização da médica, teria feito aplicação intramuscular do medicamento.
Posteriormente, a menina foi mandada para casa, mas no dia seguinte começou a apresentar vermelhidão no local onde a injeção foi aplicada e, por isso, voltou novamente para a unidade de saúde.

No local, um outro médico teria dito que a medicação foi aplicada no local errado. A menina então recebeu uma nova medicação e foi liberada para casa novamente. A orientação médica foi para, em casa, fazer compressas de água quente no local e, depois, drenar a secreção que estava onde a injeção foi aplicada.
Entretanto, a menina teve piora no quadro de saúde e precisou retornar à unidade de saúde na segunda-feira (7), já em estado crítico. Segundo relatório médico, a criança estava com taquidispnéia grave, que é quando a respiração fica acelerada e difícil.
Cerca de dez minutos após a apresentação dos sintomas, o quadro da menina evoluiu para uma parada cardiorrespiratória, mas ela não resistiu e acabou morrendo. Segundo o próprio relatório médico, a injeção cutânea contribuiu para a morte da menina.
Em nota, a Prefeitura de Trindade informou que está analisando o caso e vai verificar se houve algum equívoco em relação aos medicamentos e na administração deles.
Prefeitura manifesta pesar pela morte de bebê que tomou injeção com dipirona nas costas

A Prefeitura de Trindade informa que já instaurou sindicância administrativa interna, junto ao Núcleo de Segurança do Paciente, para que seja verificado se houve algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamentos.
O diretor clínico da UPA 24 Horas Dilson Alberto de Souza, Rogério Taveira, solicitou todos os documentos que descrevem os procedimentos realizados na paciente durante o período em que esteve na unidade de saúde.
A equipe envolvida no caso já foi afastada de suas atribuições, ou seja, não trabalham na UPA 24h até que os fatos sejam todos apurados.
A Prefeitura de Trindade presta total apoio à família por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Foram disponibilizadas profissionais de assistência social para atender as necessidades dos pais e serviço funerário.
É com imenso pesar que a Prefeitura de Trindade recebe a notícia do falecimento da paciente, e roga ao Pai Eterno conforto para os familiares. Todas as investigações necessárias serão realizadas para elucidar a causa da morte.