A partir desta segunda-feira (17/2), as instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central (BC) poderão começar a renegociar dívidas da Faixa 2 pelo Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, conhecido como Desenrola Brasil.
Na faixa 2, população endividada com renda mensal de dois salários mínimos (R$2.640) a R$ 20 mil terão a oportunidade de limpar o nome.
Desenrola Brasil vai permitir parcelamento de dívidas e perdoar valores de até R$ 100
As dívidas poderão ser pagas através dos canais designados pelas instituições financeiras e poderão ser parceladas em no mínimo 12 prestações.
Para renegociar suas dívidas, os devedores precisarão entrar em contato diretamente com os bancos, seja presencialmente ou por canais da própria instituição.
Bancos como Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa já confirmaram a participação no programa.
Vale destacar que o programa é válido apenas para pessoas que tenham sido incluídas no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.
Além disso, nesta fase do programa, as dívidas bancárias de até R$ 100 serão totalmente perdoadas, beneficiando 1,5 milhão de pessoas.
Isso significa que as instituições financeiras removerão automaticamente o nome dessas pessoas dos órgãos de proteção ao crédito.
De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa deve beneficiar 70 milhões de brasileiros endividados.
“Ninguém gosta de ficar com o nome sujo. Vamos ajudar o povo a reconquistar dignidade”, escreveu em uma rede social.
Faixa 1 do programa
A faixa 1 do Desenrola Brasil está prevista para começar em setembro deste ano. Nesta etapa, pessoas com dívidas até R$ 5 mil, e que tenham renda de até dois salários mínimos, ou estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão participar.
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De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa próxima fase do Desenrola Brasil consistirá na realização de leilões de descontos, com base nas informações fornecidas pelos agentes financeiros sobre os créditos negativados.
“Quanto maior for o desconto dado pelo credor é que o devedor, na sequência, conseguirá fazer a sua programação de parcelamento, com garantia do Tesouro Nacional”, disse.