Foi aprovada na madrugada desta sexta-feira (7/7) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que visa mudar a forma de cobrança dos impostos no país.
A proposta trata especificamente da tributação sobre o consumo de bens e serviços e é tida como um dos pilares da política econômica do governo Lula (PT), junto com o novo arcabouço fiscal.
PEC da reforma tributária: como votou cada deputado goiano
A proposta foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados. No primeiro, foram 382 votos favoráveis e 118 contrários. No segundo turno, foram 375 votos a favor, 113 contra e três abstenções.
A maioria dos deputados federais por Goiás votou contra reforma tributária, totalizando nove. Por outro lado, oito foram favoráveis. Veja:
- Adriano do Baldy (PP) – a favor
- Célio Silveira (MDB) – a favor
- Daniel Agrobom (PL) – contra
- Delegada Adriana Accorsi (PT) – a favor
- Dr. Zacharias Calil (União Brasil) – contra
- Flávia Morais (PDT) – contra
- Glaustin da Fokus (PSC) – contra
- Gustavo Gayer (PL) – contra
- Ismael Alexandrino (PSD) – a favor
- Jeferson Rodrigues (Republicanos) – a favor
- José Nelto (PP) – a favor
- Lêda Borges (PSDB) – contra
- Magda Mofatto (PL) – contra
- Marussa Boldrin (MDB) – a favor
- Professor Alcides (PL) – contra
- Rubens Otoni (PT) – a favor
- Silvye Alves (União Brasil) – contra
Ronaldo Caiado desaprova aprovação da PEC
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também tem se posicionado contra a PEC da reforma tributária. Nas redes sociais, o chefe do executivo estadual afirmou que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal contra a aprovação.
“A cada dia surge uma nova aberração em nome da reforma tributária. Agora, autorizaram a votação remota da PEC, que mexe com a vida e o bolso de todos. Querem aprovar um texto que sequer foi publicado na íntegra e sem um debate qualificado na Câmara.
Este é um sinal inequívoco de que os fiadores dessa reforma não querem que se conheça os detalhes do texto antes de ser aprovado. Estão fazendo as pessoas comprarem o produto pela embalagem, não pelo conteúdo. É o novo normal do parlamento.
Se isso for aprovado, irei entrar com uma ação no STF para impedir esse completo desatino ao pacto federativo. Não podemos admitir que os estados sejam divididos entre alto e baixo clero, onde os “melhores” decidem como será feita a divisão dos recursos destinados aos demais.”, escreveu nas redes sociais pouco antes da aprovação da PEC.
Próximos passos
Nesta sexta-feira (7/6) ainda serão votados os destaques do texto. Depois, a proposta segue para o Senado Federal.
No Senado, a votação deve ocorrer apenas no segundo semestre do ano, após o recesso parlamentar, segundo o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa.
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