A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está investigando a marca de alimentos Fugini devido a denúncias de “corpos estranhos” encontrados em sachês de molho de tomate.
De acordo com a PCGO, na semana passada, dois consumidores de Goiás compareceram à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) e relataram ter encontrado “corpos estranhos” em sachês de molho de tomate da mesma marca. Além disso, eles informaram que passaram mal após consumir o produto.
Dessa forma, a corporação instaurou um procedimento para investigar um possível crime contra as relações de consumo cometido pela Fugini, cuja fábrica está localizada no município de Cristalina, entorno de Brasília.
Vale destacar que a investigação em Goiás foi iniciada na mesma semana em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou a suspensão da fabricação, venda e distribuição de produtos da Fugini na filial de Monte Alto, em São Paulo.
A medida foi tomada após terem sido identificadas várias falhas relacionadas à higiene, controle de qualidade, segurança das matérias-primas, controle de pragas e rastreabilidade, entre outros aspectos importantes para garantir a qualidade dos produtos alimentícios.
O que diz a marca Fugini
A Fugini Alimentos divulgou uma nota esclarecendo sobre o aparecimento de focos de bolor em embalagens fechadas de molho de tomate.
- Após nova inspeção: Anvisa autoriza produção de produtos da marca Fugini
De acordo com a empresa, a produção, enchimento e fechamento das embalagens sachê são totalmente automatizados, o que exclui a possibilidade de contaminação durante o processo.
Além disso, a empresa informa que a provável causa do surgimento do bolor é o aparecimento de um micro furo (imperceptível ao olho nu) na embalagem, causado pelo manuseio incorreto durante o transporte e/ou armazenamento nos pontos de distribuição.
“Por não conter conservantes, a entrada de ar pelo micro furo pode causar a contaminação do produto e, consequentemente, o surgimento do bolor”, disse o comunicado.
A Fugini também alerta que o armazenamento por período incorreto na geladeira após a abertura da embalagem pode favorecer o aparecimento do bolor, sendo o consumo indicado em até dois dias após a abertura.