Neste sábado, 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial do Câncer. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença, que é uma das que mais mata no mundo, além de incentivar, prevenir e apresentar formas de lidar com essa enfermidade, que deve atingir parte da população no futuro.
Como todos sabem, a primeira forma de manter uma vida saudável e, naturalmente, se prevenir do câncer, é através da prática de exercícios físicos e de uma dieta rica em nutrientes. Contudo, há um outro aliado que tem se mostrado eficaz no combate à doença, como também, na prevenção: é a cannabis medicinal.
De um tempo para cá, a planta, da mesma origem da maconha, tem ganhado notoriedade e se afastado daquele preconceito negativo, que gera desinformação. O motivo é que tem sido comprovada a sua ação benéfica na saúde das pessoas. A cannabis vem sendo usada para tratamentos contra convulsões, depressão, ansiedade e, agora, contra o câncer.
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De acordo com o médico nutrólogo e intensivista, Dr José Israel Sanchez Robles, é importante que as pessoas se informem corretamente sobre o tema. Ele ainda considera 2023 um “ano chave” para a indústria da cannabis e espera que, neste ano, o assunto receba a atenção que merece, por parte dos políticos e da sociedade.
Estudos apontam que cannabis medicinal tem ação anti-inflamatória e alivia sintomas da quimioterapia
José Robles ainda fala da atuação benéfica da cannabis nas pessoas em tratamento de câncer. Segundo ele, a planta alivia os sintomas da quimioterapia, como também trata a ansiedade do paciente.
Além disso, outras pesquisas indicam que os canabinóides agem como supressores dos tumores, podendo reduzir o crescimento dos mesmos em certos tipos da doença e ter ação anti-inflamatória, podendo bloquear o sistema de resposta do corpo ao câncer.
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“Daí a produção de óleos com efeitos anticonvulsivos, anti-inflamatórios, antidepressivos e até anti-hipertensivo. Esses produtos também são usados como analgésico e estímulo para aumentar o apetite”, pontuou o médico.
Reclassificada na lista de drogas
A Organização das Nações Unidas (ONU) reclassificou a cannabis medicinal, na lista das drogas, como uma planta com propriedades medicinais reconhecidas. Inclusive está liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2015.
Além disso, o governador do estado, Tarcísio de Freitas, sancionou nesta semana, uma lei que autoriza a distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol na rede pública de saúde do estado e que pode até mesmo disponibilizá-lo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São Paulo é o estado brasileiro com mais autorizações para importar o medicamento.
Já em Goiás, a Universidade Evangélica do estado (UniEVANGÉLICA) conduzirá, a partir de fevereiro deste ano, estudos com dois extratos da cannabis, o canabidiol e o tetrahidrocanabinol em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (AGAPE).