A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou, neste domingo (8/1), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Mais cedo, Torres foi exonerado do cargo pelo pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após a ação dos agentes de segurança do DF na invasão dos dos prédios dos três Poderes, em Brasília.
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Além de Torres, a AGU pede a prisão de todos os envolvidos nos atos e a adoção de medidas que impeçam novos atos criminosos.
“Prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos criminosos decorrentes da invasão de prédios públicos federais em território nacional, inclusive do Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões, avaliando, até mesmo, a adoção de outras medidas cautelares que impeçam a prática de novos atos criminosos”, escreve a AGU no documento, que endereça outros pedidos ao STF.
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Anderson Torres foi ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi, também, ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Inclusive, Torres tomou posse no cargo de secretário no último dia 2 de janeiro.
A partir de hoje (2), retorno ao honroso cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Agradeço ao Governador @IbaneisOficial pela confiança em mim depositada. Nasci no DF, e muito me orgulho de poder seguir zelando pelo bem-estar do nosso povo, agora no @Gov_DF pic.twitter.com/viY3sP0ow7
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 2, 2023
Rocha tem sido criticado pela escolha de Anderson Torres, que foi ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, para o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
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Há questionamentos sobre uma suposta conivência do ex-secretário e das forças policiais do DF da atuação no episódio, que deixou um cenário de muitos estragos na capital do país.