A greve dos aeronautas, que começou na última segunda-feira (19), foi encerrada neste domingo de Natal, 25 de dezembro. O movimento começou depois de uma mobilização da categoria por melhores salários e condições de trabalho. Durante a greve, diversos voos foram afetados nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília e, alguns, em Goiás.
No sábado (24), a greve havia sido suspensa para que os pilotos e comissários analisassem uma nova proposta enviada pelas companhias aéreas. Neste domingo (25), a votação foi encerrada e os aeronautas decidiram aceitar a terceira proposta apresentada pelas empresas, encerrando a greve. Dos 5.834 votos, 70,11 % foram a favor da proposta, 28,8% rejeitaram e as abstenções atingiram 1,09%.
De acordo com a proposta, as empresas deverão reajustar os salários fixos e variáveis em 6,97%, seguindo o INPC. O percentual inclui ainda 1% de ganho real e vai incidir também nas diárias nacionais (R$ 94,96), além de vale-alimentação no valor de R$ 495,50, piso salarial e seguro. Os reajustes propostos não incidem nas diárias internacionais.
A categoria também reivindicou por melhores condições de trabalho, com definição de horário de início das folgas, bem como a possibilidade de início de férias aos sábados, domingos e feriados. Os aeronautas concordaram com uma multa de R$ 500 por mudança de escala que invada o dia de folga do tripulante.
Presidente do SNA fala sobre o fim da greve dos aeronautas
Ao apresentar o resultado da votação, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, disse que agora o objetivo é verificar se todos os itens colocados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vão ser cumpridos. “Esse é o começo de uma nova era, em que vamos ter que evoluir muita coisa ainda na parte social e continuar evoluindo na parte financeira”.
O presidente ainda falou que vários itens ficaram de fora da negociação, mas que a intenção é continuar lutando para que tudo seja atendido. “Temos que reduzir essa quantidade de reclamações e de denúncias que o sindicato tem por meio de ouvidorias. Vamos, sim, melhorar a nossa convenção coletiva e ter contratos de trabalho muito bons”, acrescentou.