O policial militar que matou esposa e enteada em, Rio Verde, sudoeste goiano, atirou primeiro na criança de três anos, como forma de causar sofrimento na mãe. Além disso, a irmã, Sara, de cinco anos, teria assistido as execuções.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, familiares de Sara teriam perguntado à menina sobre o que havia acontecido no local, foi então que ela confirmou a versão da polícia de que a mãe teria ficado de joelhos, pedindo ao PM que não fizesse nada e que soltasse a arma. Além disso, a criança relata que a mãe teria pedido ao autor do crime que poupasse a vida das filhas e matasse somente ela.
“Ele teria repetido várias vezes que ia matar todo mundo e então, ela [a mãe] pede que já que ele ia matar alguém, que matasse ela e deixassem as meninas. Ele percebe que matá-la seria muito pouco sofrimento pra ela e que teria que dar um sofrimento maior. Então ele atira na pequena Ágatha, de três anos, que estava a um metro dela [a mãe]”, conta o delegado.
- Crime em Rio Verde: Menina de 5 anos baleada por PM, em Rio Verde, recebe alta hospitalar
O policial deu oito tiros na esposa e, em seguida, saiu em procura da Sara e desferiu três tiros contra a criança, que sobrevive. O delegado ainda relatou que, quando as equipes de resgate e a polícia chegaram, encontraram a menina em frente a casa, chorando, ferida e envolvida com um cobertor.
Ainda segundo o delegado, após todo o episódio traumático a criança ainda pede que fosse levada para a escola. “São 10h da noite, ela está ferida e ainda pede para ir a escola. A inocência, o desespero, uma tristeza sem fim”, disse Candeo.
Questionado pelo Portal Dia sobre qual teria sido a motivação do crime, o delegado conta que o policial não explica e que se limitou a dizer que perdeu a cabeça após supostas provocações da esposa durante o dia. Além disso, no interrogatório, o PM não esbossou qualquer emoção, estando sereno e racional.
Relembre o caso do policial militar que matou esposa e enteada, em Rio Verde
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (14) , em Rio Verde, sudoeste de Goiás. Após desentendimento com a esposa, o policial militar matou a companheira, de 28 anos, e a enteada, de três anos. Além disso, deu três tiros na outra enteada, que sobreviveu.
Depois do crime, o policial, de 32 anos, ligou para o amigo, que também é militar, dizendo que havia feito uma besteira. Nessa hora, o amigo e a esposa, que é enfermeria, se dirigiram para o local do crime, onde encontraram as vítimas já mortas.
- Transporte público: Trindade é a quarta cidade a implantar a Meia Tarifa no transporte coletivo; veja como funciona
Segundo a polícia, a mãe foi atingida por oito tiros e a filha dela, de três anos, com cinco. O homem foi preso logo em seguida. Além disso, o policial estava afastado do serviço das ruas e exercia somente funções administrativas na corporação.