O Centro-Oeste é a região do país que apresenta a maior incidência de casos de dengue, com 1.993 a cada 100 mil habitantes, segundo último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), correspondente a um levantamento feito entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro.
Os dados apontam que Goiânia e Aparecida de Goiânia estão entre as três cidades com mais casos de dengue no Brasil, atrás apenas de Brasília, no Distrito Federal (DF), e à frente de Joinville (SC), Araraquara (SP) e São José do Rio Preto (SP). Veja:
- Brasília: 67.274 casos (2.174,1 casos/100 mil hab.)
- Goiânia: 53.796 casos (3.458,2 /100 mil hab.)
- Aparecida de Goiânia: 25.138 casos (4.176,8 casos/100 mil hab)
- Joinville: 21.017 (3.539,9 casos/100 mil hab.)
- Araraquara: 21.017 casos (8.737,4/100 mil hab.)
- São José do Rio Preto: 19.927 (4.247,3/100 mil hab.)
De acordo com último levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), de 21 a 28 de novembro, em 2022 houve um aumento de 280% nos casos notificados e 298% dos confirmados de dengue, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A secretaria ressalta que os dados devem ser vistos com cautela, uma vez que em 2021 o país estava em pandemia da Covid-19 e as visitas domiciliares pelos agentes endêmicos estavam suspensas.
Casos de dengue no Brasil
Até a semana 48 deste ano, ocorreram 1.400.100 casos prováveis de dengue, com taxa de incidência de 656,3 casos por 100 mil habitantes no Brasil. Em comparação com o ano passado, o aumento no número de casos foi de 172,4%.
Em relação aos óbitos, até o dia 4 de dezembro foram confirmados 978 em decorrência da doença, sendo 844 por critério laboratorial e 134 por critério clínico epidemiológico. Goiás foi o segundo estado com maior número de mortes pela doença, chegando a 153, atrás apenas de São Paulo, com 275.
Sintomas
O Ministério da Saúde ressalta que a infecção pela doença pode ser assintomática, entretanto, é preciso estar atento aos principais sintomas, que são febre alta acima de 38°C; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.
Já os sinais de alarme são caracterizados principalmente por:
- Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Hipotensão postural e/ou lipotímia;
- Letargia e/ou irritabilidade;
- Hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
- Sangramento de mucosa;
- Aumento progressivo do hematócrito.
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