A Polícia Civil de Goiás realizou a Operação Haustórios que desarticulou um esquema milionário de tráfico de drogas nos estados de Goiás e Pará.
A investigação que durou mais de um ano foi deflagrada no dia 30 de novembro, com 19 mandados de prisão, 38 de busca e apreensão, além do sequestro de bens avaliados em R$ 7 milhões. Destes números, a polícia prendeu, nesta segunda-feira (5/12), 14 envolvidos e cumpriu 37 mandados de busca e apreensão em Goiás e Pará, onde residia o suposto líder do esquema, Cristiano, em uma casa luxuosa no município de Santarém.
Além disso, Cristiano havia aberto empresas em um shopping da cidade paraense e outra próxima ao centro, como forma de justificar os recursos que levantava com o tráfico.
De acordo com o coordenador da operação, delegado Fabrício Flávio, Cristiano teria se mudado para o norte do país, após se “desfiliar” de uma facção criminosa em Goiás, para começar seu próprio negócio de vendas de drogas no Pará. “Aqui, ele foi jurado de morte e chegou a sofrer suas tentativas de homicídio”, conta Flávio.
O esquema de tráfico de drogas
O esquema de tráfico de drogas funcionava na modalidade disque-drogas, onde o usuário entrava em contato com a central de vendas via telefone ou WhatsApp e recebia o intorpecente no endereço informado, geralmente, entregue por motoboys.
Segundo a polícia, o grupo mantinha um grande laboratório de drogas, no Setor Bueno, na capital goiana, que foi fechado em janeiro deste ano.
O laboratório recebia a cocaína ainda em seu estado bruto, sob pasta base, e em seguida a droga era refinada e colocada em embalagens individuais para ser comercializada. Dali, o entorpecente era distribuídos às equipes de entregadores que, inclusive, tinha uma logística bem organizada, com jornadas de trabalho e folga para os entregadores, além de “clientes” previamente cadastrados.
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A Operação Haustórios apreendeu mais de um mil envelopes tipo zip, com cocaína embalada, além de 9 kg de cocaína refinada e mais 12 kg de insumo. As apreensões feitas em Goiás e no Pará, incluem 25 carros, duas moto aquáticas, 30 celulares, cinco armas de fogo e mais de R$ 300 mil em espécie.
O esquema também mantinha lojas de compra e venda de veículos usados, como forma de lavar dinheiro.