A Intenção de Consumo das Famílias brasileiras (ICF) chega ao mês de novembro com uma nova alta de 1,3%. O motivo são as várias comemorações que tem se acumulado nos dois últimos meses do ano como a Copa do Mundo, Black Friday e as festas natalinas.
A nova alta na ICF representa o décimo crescimento consecutivo para o período e o maior desde abril de 2020, quando se começava a pandemia.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a ICF, que é apurada mensalmente, alcançou 89 pontos neste mês. O índice ainda permanece na zona de insatisfação, quando os números não ultrapassam os 100 pontos, no entanto, a ICF cresceu 21,3% em relação à novembro do ano passado, a maior taxa para o período.
O levantamento ainda mostra a perspectiva de compra do consumidor do país. Segundo a ICF, 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados à Copa do Mundo, 12 pontos percentuais a mais do que na Copa anterior, em 2018.
O público que apresentaram maior intenção de compra neste período foram homens com até 35 anos e que ganham mais de 10 salários mínimos.
Ainda de acordo com a CNC, espera-se que o varejo deva movimentar R$ 1,4 bilhão durante a copa e bares e restaurantes devem faturar R$ 864 milhões.
Para o presidente da CNC, José Roberto Trados, as várias comemorações neste final de ano são positivas para a economia nacional.
“Esse é um feliz encontro de melhoria econômica e sazonalidades vitais para os setores produtivos, em especial para os segmentos que abarcamos como entidade, que são o comércio, os serviços e o turismo”, disse o presidente da CNC.
Intenção de consumo entre menos favorecidos também cresceu
Conforme os dados da ICF, os consumidores tem avaliado que a renda no mês de novembro melhorou e o indicador se manteve acima dos 100, com 103,8 pontos pelo segundo mês, quando falamos de avaliação positiva, o que não ocorria desde março de 2020.
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Também foram registradas altas expressivas nos níveis de consumo atual tanto no mês, quanto no ano.
Famílias que vivem com até 10 salários mínimos, embora sejam mais sensíveis às variações da inflação, apresentaram o maior na intenção de consumo, tanto na comparação mensal, quanto na anual. No entanto, o indicador para este grupo ainda está no quadrante negativo, com 83,5 pontos.
No que se refere às famílias que ganham mais de 10 salários mínimos, o avanço da ICF foi mais modesto, contudo, o índice em 106,1 pontos aponta maior satisfação deste grupo em comparação com os de renda menor.